A Plenária Nacional dos Servidores e Servidoras Públicos(as), realizada na quarta-feira (23), atualizou a agenda de lutas por reajuste salarial. Em março, a mobilização vai fortalecer a luta feminista no dia 8, lançar o Comando Nacional de Greve no dia 9 e realizar o Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Manifestações no dia 16. Caso não haja a negociação por reposição salarial, uma Greve Nacional do Funcionalismo Público será deflagrada a partir de 23 de março.
A plenária virtual foi organizada pelos fóruns das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e contou com ampla participação da base do funcionalismo, reunindo trabalhadores e trabalhadoras de diversas regiões do país.
Um dos pontos debatidos no encontro foi o curto prazo (4 de julho) para a concessão do reajuste, considerando as determinações de ano eleitoral. A categoria acredita que o governo federal pode usar essa limitação de tempo para não conceder a reposição salarial.
Na fala dos e das participantes foi consenso que a greve não seja mero instrumento de desgaste da imagem de Jair Bolsonaro paras as eleições presidenciais, e que tão pouco se espere até o resultado da eleição para a realização de reivindicações. Por isso, o encaminhamento foi convocar todos e todas os(as) trabalhadores (as) para aderirem ao calendário de lutas.
Durante a plenária, o 2º vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, afirmou que “o nível de indignação ainda não acompanha o processo de mobilização” e que “a greve deve ser unificada ou não será possível realizar uma greve puxada apenas pelo setor da educação”. O docente acrescentou ainda a sugestão de que “se o centro do poder e decisão é Brasília, então a luta pelo reajuste salarial deve ser intensificada na capital federal, a exemplo de como ocorreu na jornada pela derrubada da Reforma Administrativa”. As docentes Ana Lúcia Gomes e Kátia Vallina também participaram da reunião representando a seção sindical.
A CSP-Conlutas – a qual a ADUA integra – defende que a paralisação ocorra em todo o país e reúna servidores(as) das três esferas (federal, estadual e municipal).
Calendário de mobilização:
8 de março – Dia Internacional da Mulher
9 de março – Lançamento do Comando Nacional de Greve
16 de março – Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Manifestações
23 de março – Indicativo para início da Greve Geral
Fonte: ADUA com informações da CSP-Conlutas
|