Com adesão esperada de cerca de 2 milhões de trabalhadores do serviço público, diversos sindicatos organizam greve para o dia 10 de julho na Inglaterra, Irlanda do Norte e no País de Gales. Funcionários públicos do setor da educação, incluindo professores, devem engrossar a mobilização.
A mobilização coordenada contará com o Sindicato Nacional dos Docentes (NUT) e o Sindicato dos Bombeiros (FBU), contra a reforma previdenciária e cortes salariais, os três maiores sindicatos de servidores públicos do Reino Unidos, Unison, Unite e GMB, o Sindicato de Servidores Públicos e Comerciais (PCS), e a Aliança dos Servidores Públicos do Norte da Irlanda (Nipsa), além de categorias ligadas ao transporte de Londres, como o metrô, com a participação do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários, Marítimos e dos Transportes (RMT) e a Associação dos Funcionários Assalariados em Transporte (TSSA).
O NUT, que conta com cerca de 300 mil trabalhadores, se manifesta contra a reforma previdenciária e ganha o apoio de outras categorias por travar luta contra outros 10 ataques, incluindo campanha pela redução da carga horária e inspeção do trabalho, e contra a privatização e o sucateamento da educação pública, que tem cada vez menos profissionais qualificados e alunos que frequentam “escolas de lata” implantadas nos playgrounds dos colégios.
O investimento em educação tem sofrido cortes e o sexto grau de educação na Inglaterra chegou a perder 100 milhões de libras por ano.
Outras greves para o mesmo dia serão organizadas pelos servidores públicos municipais que fazem parte dos sindicatos Unite, Unison (governo local e funcionários da educação) e GMB (com cerca de 150 mil membros). As categorias enfrentam os mesmos problemas com a austeridade do governo que ofereceu apenas 1% de aumento salarial.
O PCS, com cerca de 270 mil trabalhadores, anunciou que fará parte da greve com os trabalhadores do funcionalismo público, com destaque para os ligados a setores responsáveis por emissão de passaportes e autoridades fiscais.
Este dia nacional de ações foi construído individualmente pelos diversos sindicatos, e a mobilização coordenada, apesar de apresentar diferentes pautas, traz consigo um tema em comum que é a luta contra a austeridade.
A ação do dia 10 de julho deve se consagrar como a maior greve geral desde a de 1926, que contou com a adesão de 1,7 milhões de trabalhadores durante a paralisação. Além disso, protestos serão realizados em cerca de 50 locais na Inglaterra e no País de Gales.
* Com edição do ANDES-SN
Fonte: CSP-Conlutas |