A conquista do voto feminino no Brasil é datada de 24 de fevereiro de 1932, quando oficialmente o Código Eleitoral garantiu às mulheres acima de 21 anos o direito de votar e serem votadas. Porém, na prática, essa garantia era restrita apenas às mulheres com autorização dos maridos ou viúvas com renda própria. Só em 1934, com o sufrágio feminino é que o voto foi liberado para todas as mulheres. Esse direito é resultado de intensa luta pela igualdade eleitoral, que continua atualmente com a mobilização por maior representatividade feminina na política.
Na tese “As filhas de Eva querem votar: dos primórdios da questão à conquista do sufrágio feminino no Brasil (c.1850-1932)”, disponível na Biblioteca Digital da Justiça Eleitoral, são destacadas a luta pela inserção da mulher na política, e citados os nomes da indigenista Leolinda de Figueiredo Daltro à frente do Partido Republicano Feminino e da bióloga Bertha Lutz, líder da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, como as responsáveis pela articulação do movimento organizado feminino e sufragista no Brasil.
Nove décadas depois, as mulheres representem mais de 52% do eleitorado, porém ainda ocupam poucos cargos na política brasileira. Assim, além de comemorar a conquista do voto feminino, a data é um marco para que se mantenha a luta pelos direitos das mulheres no Brasil.
É urgente que haja participação feminina na política, seja no pleito eleitoral ou votando nas urnas. Assim as mulheres poderão manter sua voz e fortalecer a mobilização em prol de suas pautas e em defesa de seus direitos.
Fontes: com informação da tese “As filhas de Eva querem votar”, G1, Dourados News
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