Após amplo debate em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (30), os docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) votaram pelo fim da greve, com data de retorno das atividades para o próximo dia 9, quarta-feira.
Ao todo, foram 134 votos contrários à manutenção da greve, 113 a favor da manutenção da greve e uma abstenção. 283 professores assinaram a lista de presença na assembleia.
Os docentes ainda votaram a convocação de uma assembleia para a próxima sexta-feira (4) para discutir o resultado da reunião com a Reitoria, marcada para o dia 3, quinta-feira, e a situação dos docentes e estudantes dos campi de Lagarto e Laranjeiras. Outro ponto aprovado foi a transformação do Comando Local de Greve em Comando de Mobilização Permanente, para cobrar ações efetivas por parte da reitoria na mesa de negociação sobre a pauta de reivindicações locais.
“O Comando Local de Greve foi convertido em Comando Local de Mobilização Permanente para que possamos continuar negociando nossa pauta junto à Reitoria e esperamos que haja de fato a abertura do processo de negociação na reunião desta quinta-feira (3). A nossa avaliação é que até agora não houve negociação, apesar de a Reitoria manter o discurso de que está aberta ao diálogo. Na prática, isso não tem acontecido. Nem o comando de greve e nem os professores que fazem pedidos à reitoria conseguem ser atendidos”, afirma a presidente da Associação dos Docentes da UFS (Adufs) – Seção Sindical do ANDES-SN -, Bracilene Santos de Araújo.
A diretora da Adufs acrescenta que será dada continuidade às reuniões da Comissão, após o encontro com a Reitoria dia 3 e a assembleia do dia 4. “Vamos continuar mobilizados na universidade na luta pela estatuinte, pauta permanente dos professores”, cita.
Sem respostas
“Estávamos parados há 28 dias. Construímos uma pauta emergencial a partir da pauta local que já tínhamos e foi entregue à Reitoria. Como resposta, a Reitoria encaminhou um documento à comunidade acadêmica que mais parece um relatório que resposta para a nossa pauta”, conta Bracilene.
De acordo com a presidente da Adufs, dos 67 pontos que compõem a pauta emergencial, a universidade mencionou no documento, de forma superficial, apenas 12, sem apresentar respostas concretas. “Tivemos apenas uma resposta clara, em relação aos telefones, que a Reitoria afirmou entregar agora no mês de julho. Acho que somos a única universidade do país que não tem telefone suficiente para trabalhar a contento”, relata.
* Com informações da Adufs – Seção Sindical
* Foto: Adufs - Seção Sindical
Fonte: ANDES-SN |