No Amapá, o governador Camilo Capiberibe instalou uma crise na Universidade Estadual do Amapá (Ueap), ao afirmar que pode escolher qualquer um dos candidatos a reitor apontados na lista tríplice como administrador da instituição, independente do resultado das eleições. A situação da administração da Ueap já não era das melhores, pois a atual reitora, Maria Lúcia Teixeira Borges, segundo seu próprio Currículo Lattes, não é servidora da Ueap, e sim da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes lutam há meses pela saída da atual reitora do cargo e pela substituição dela por um reitor democraticamente eleito. No dia 3 de maio realizou a consulta à comunidade acadêmica. A chapa "Ueap Para Tod@s", representada pelos professores Luciano Araújo Pereira e Daímio Chaves Brito venceu a chapa "Ueap+: Universidade de Qualidade Para Comunidade", dos professores Perseu da Silva Aparício e Breno Marques da Silva e Silva. Porém, o governador ainda não nomeou o novo reitor.
Segundo Fábio Chavier, presidente do Sindicato dos Docentes da Ueap (Sindueap-SSind), o governador afirmou que seria democrático nomear qualquer um dos reitoráveis, pois a lei prevê que cabe ao governador a escolha, independente do resultado da votação. “A Ueap está sempre longe da democracia. Primeiro temos uma reitoria que nem servidora concursada da universidade é. Depois podemos ter como reitor o derrotado nas eleições”, afirmou Chavier.
Em protesto contra a atual situação da reitoria, e contra a demora na nomeação do novo administrador, um grupo de estudantes ocupou a reitoria da Ueap na terça-feira (24). Na quinta-feira (26) a ocupação acabou, mas a mobilização da comunidade acadêmica continua, pois a nomeação do novo reitor está prevista para 1º de julho.
Fonte: ANDES-SN |