O Fórum das Seis - representação de docentes, funcionários e estudantes da USP, Unesp, Unicamp e do Centro Paula Souza – discutiu, em reunião realizada no último dia 24, terça-feira, o retorno das assembleias de base em relação aos próximos passos da mobilização na greve. Entre eles, está a realização de dois atos públicos na próxima terça-feira (1º), em frente à Reitoria da Unesp (manhã) e na Assembleia Legislativa (tarde), e a manutenção e fortalecimento da greve.
“A disposição das assembleias, de realizar um grande ato na próxima semana, foi casada com a informação de que há uma boa probabilidade de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/2015) seja votada no dia 1º de julho, terça-feira próxima”, afirma o Fórum das Seis, por meio de boletim divulgado no último dia 24, que acrescenta que a votação da LDO é importante visto que o aumento de recursos para a educação pública paulista é defendido pela entidade.
Na manhã do dia 1º de junho, o ato será concentrado entre as 11h e às 14h em frente à Reitoria da Unesp, contra a intransigência do Cruesp e pela negociação imediata. À tarde, a partir das 15h, a manifestação na Assembleia Legislativa terá como objetivo pressionar os deputados pelas emendas que pedem mais verbas para as universidades e o conjunto da educação pública na LDO/2015.
Nesta sexta-feira (27), o Fórum das Seis promoverá um ato público a partir das 12h pela abertura das negociações salariais em frente à Reitoria da USP, seguido pelo Arraial da Greve, festa junina em defesa da universidade pública, com a entrega simbólica da chave de abertura das negociações.
Outras atividades
Na terça-feira (24), o Fórum das Seis promoveu uma tarde de atividades na Assembleia Legislativa de São Paulo, em defesa das emendas apresentadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/2015), que preveem o aumento de recursos para o conjunto da educação pública – 33% das receitas totais do estado.
Neste percentual, estão inseridos 11,6% do ICMS quota-parte do Estado – sem o desconto que o governo faz antes do repasse – para as universidades estaduais e 2,1% deste mesmo imposto para o Centro Paulo Souza.
A reunião que estava marcada entre o Fórum e a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP), e tinha como pauta a LDO, foi adiada. Com isso, as cerca de 200 pessoas presentes percorreram os gabinetes dos deputados, a fim de defender a aprovação das emendas.
Unicamp
Na quarta-feira (25), a Adunicamp – Seção Sindical do ANDES-SN - e o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) realizam o debate “SOS Universidade: em defesa da universidade pública”. O debate, aberto ao público, foi realizado no teatro de Arena da Praça da Paz, e contou com a participação de centenas de professores, estudantes e técnico-administrativos da universidade. Na ocasião, foi discutida a necessidade de se defender amplamente a universidade e o ensino público no Brasil, diante de um claro movimento em curso – com apoio inclusive de setores da mídia – pela privatização do ensino em São Paulo. A atividade integrou a programação da greve das universidades estaduais paulistas.
USP
Em assembleia realizada na quarta-feira (25), os docentes deliberaram pela manutenção da greve, além de convidar os membros da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) para realizar um debate, e convidar também para debate os membros do Grupo de Atividade sobre Atividade Docente, criado pelo reitor por meio da Portaria GR nº 6545, de 30 de abril de 2014, com a finalidade de encaminhar propostas a respeito do regime de trabalho dos docentes e dos sistemas de avaliação individual.
Também foi deliberada a elaboração de uma carta aos deputados solicitando a aprovação das propostas encaminhadas pelo Fórum das Seis à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2015) e aprovada uma moção de repúdio às prisões de Rafael Marques Lusvarghi, professor de inglês, e de Fábio Hideki Harano, estudante e funcionário da USP. “Ambos foram presos em uma manifestação no dia 23/06 e continuam detidos. Imagens registradas no momento da prisão revelam a arbitrariedade praticada. É imprescindível que sejam liberados e respondam às acusações em liberdade”, afirma a moção.
Unesp
Na terça-feira (24), a Adunesp realizou a Plenária Estadual da Adunesp no campus de Jaboticabal, que teve como pauta o indicativo do Fórum da Seis, de realização de nova manifestação pela abertura das negociações em frente à reitoria da Unesp na próxima semana, aprovada por unanimidade; a construção da greve nos campi que ainda não estão mobilizados; nova manifestação pela abertura de negociações; unificação da pauta específica e bandeiras de luta; encontros gerais em nível estadual para debater dignidade do trabalho docente, democracia na Unesp, políticas de inclusão e permanência estudantil, entre outros.
Entre as deliberações e indicativos, está a realização de caravanas em alguns campi, com prioridade para os que não estão em greve. Também foi aprovada uma moção de repúdio à reintegração de posse contra os estudantes que ocupavam a Diretoria da FCE de Araraquara; manifestação de repúdio à Polícia Militar pela forma como o representante discente da Comissão da Verdade da Unesp, André Bonacini, foi abordado por dois policiais nas ruas de Marília (SP); e manifestação de solidariedade ao discente André Bonacini.
* Com informações do Fórum das Seis, Adusp, Adunesp e Adunicamp
* Foto retirada do facebook da Adunesp - Seção Sindical - Aula pública realizada dia 18 de junho, na Praça da Sé, em SP, com participação da comunidade acadêmica das três universidades estaduais paulistas.
Fonte: ANDES-SN |