Manaus (AM) irá participar das manifestações agendadas para este sábado (19) de motociclistas e motoristas de aplicativos com paralisação das atividades por 24 horas. No início de fevereiro, circularam na internet imagens do entregador Henry Silva sendo agredido por um cliente, na capital amazonense. O caso gerou revolta. A ADUA e o ANDES-SN denunciam e combatem a precarização das relações de trabalho e os ataques à classe trabalhadora.
Nas filmagens, Henry é jogado ao chão e imobilizado por um homem que, mesmo sem realizar o pagamento, retira o pedido da mochila do entregador. Segundo entregadores manauaras, humilhações e violências ocorrem com frequência.
Além de Manaus, também há manifestações previstas para este sábado em Goiânia e Aparecida de Goiânia, em Goiás. Nessas cidades, o “breque”, como são chamadas as greves do setor, é por tempo indeterminado.
Os entregadores reivindicam melhores condições de trabalho e, principalmente, o aumento da taxa mínima por corrida, que é de R$ 5,71, atualmente. Além de não atenderem essa principal pauta da categoria, as empresas têm avançado no controle sobre a jornada de trabalho sem oferecer o vínculo empregatício.
Fraudes nas relações trabalhistas de empresas do setor já têm sido alvo de decisões judiciais favoráveis aos funcionários, reconhecendo o vínculo empregatício e/ou a garantia de direitos. Outra demanda da categoria tem sido mais segurança, situação necessária considerando casos como o de Henry Silva.
“Em um país em que as relações empregatícias estão cada vez mais precarizadas, é necessário cercar de solidariedade todos aqueles que se levantam por direitos”, afirmou a CSP-Conlutas.
Foto: Luiza Castro/Reprodução
Fonte: com informações da CSP-Conlutas
|