A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) entregou, nesta segunda-feira (31), um documento de reivindicação de pauta direcionado ao Conselho Universitário Superior da Universidade Federal do Amazonas (Consuni-Ufam). A ação é uma resposta ao anúncio de medidas recentes tomadas pela Administração Superior da universidade, por meio da então reitora em exercício, Therezinha Fraxe. O documento também é assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), a Associação de Pós-graduandos do Amazonas (APG), a União Nacional do Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE).
As entidades solicitam, com máxima urgência, que as recentes medidas tomadas pela Administração Superior, como a extinção e fusão de pró-reitorias, sejam objetos de pauta na próxima reunião do Consuni, e justificam que a mobilização acontece “diante da necessidade de defender e zelar pela democracia e diálogo no interior da Universidade Federal do Amazonas, sobretudo nesses tempos em que os aspectos do autoritarismo e obscurantismo querem arrastar o país para o desmonte de direitos conquistados pela classe trabalhadora, com sacrifício inclusive de vidas”.
Segundo a presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, a proposta é unificar pontos críticos levantados pelas entidades em busca de diálogo que envolva a comunidade universitária.
“A nossa proposta é tentar abrir diálogo com a reitoria, que tem demonstrado algumas atitudes que consideramos como antidemocráticas. Acreditamos que algumas decisões, que interferem em questões estruturais, as quais são muito importantes para o desenvolvimento da universidade, precisam ser discutidas e passadas pelos conselhos superiores”, afirma Ana Lúcia.
Os e as representantes entregaram a solicitação diretamente ao chefe de gabinete, professor Almir Liberato, que se prontificou de repassá-la ao reitor Sylvio Puga.
Entenda
A entrega do documento é um encaminhamento decido pelas entidades após reunião ocorrida na sexta-feira (28), com participação de representantes dos(as) docentes, Técnicos(as)-administrativos(as) em Educação (TAEs) e estudantes da Ufam.
Ainda na sexta-feira (28), a ADUA emitiu Nota Pública afirmando que os três segmentos que compõem a comunidade universitária mostram-se indignados com a ausência de diálogo e com as atitudes intempestivas e autoritárias exercidas pela administração superior.
“É necessário enfrentar esse tipo de gestão, pois defender a democracia nos espaços da Universidade é uma obrigação de todas e todos”, finaliza a nota.
A presidente da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE), Raiane Alencar, destaca que existe um descontentamento de estudantes com os caminhos que a universidade está tomando, e como movimento estudantil, as entidades se posicionam para enfrentar essa situação.
“Os estudantes também se mobilizaram para fazer um manifesto, que foi aprovado em assembleia pelos centros acadêmicos. Um manifesto que coloca inúmeros pontos a indignação e a insatisfação dos estudantes com o caminho que a universidade está tomando, principalmente com o retorno das aulas, que foi um retorno totalmente despreparado”, explica.
Fotos: Sue Anne Cursino/ ADUA
Fonte: ADUA
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