A greve das três universidades estaduais paulistas começou forte. Professores, técnico-administrativos em educação (TAEs) e estudantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) realizaram uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo e após o evento decidiram pela continuidade da paralisação. A audiência lotou o auditório, com mais de 800 presentes.
Reunidas logo após a realização da audiência pública sobre as universidades, as entidades que compõem o Fórum das Seis (sindicatos de professores e TAEs das três universidades estaduais paulistas) aprovaram os seguintes indicativos, a serem deliberados nas assembleias das respectivas categorias:
- Continuidade da greve;
- De quarta (28/5) a segunda-feira (2/6), realização de atividades locais (reuniões, debates, atos etc.), de acordo com as especificidades de cada universidade, setor, unidade;
- Terça-feira, 3/6, às 14h, ato unificado estadual, em frente à Reitoria da Unesp, em São Paulo, para pressionar o Cruesp a abrir negociações efetivas com o Fórum das Seis;
- Sexta, 30/5, às 10h, reunião do Fórum das Seis com a Comissão Técnica do Cruesp para discutir emendas à LDO/2015, na sede do Cruesp, em São Paulo;
- As assembleias de base devem discutir a realização de ato público na avenida Paulista, em SP, “Em defesa da educação pública no estado de São Paulo”, na semana que se inicia em 9/6.
Audiência pública
Na audiência pública, representantes do Fórum expuseram números que comprovam as manobras do governo do estado: cerca de R$ 2 bilhões deixaram de ser repassados às universidades estaduais nos últimos seis anos (2008-2013). Também houve críticas contundentes à postura dos reitores, que foram convidados para a audiência, mas não compareceram.
Durante a audiência, uma comissão do Fórum foi recebida na reunião do Colégio de Líderes, que ocorre todas as terças-feiras, para expor as reivindicações relativas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2015): 33% das receitas totais do estado para a educação pública, aí inseridos 11,6% do ICMS quota-parte do Estado para as universidades estaduais e 2,1% deste mesmo imposto para o Centro Paula Souza. Todos os deputados receberam um kit com as emendas propostas pelo Fórum, devidamente fundamentadas.
* Com informações e fotos do Fórum das Seis
Fonte: ANDES-SN |