Manifestações durante discursos e visitas de representantes do poder público têm se tornado uma prática recorrente, principalmente quando o governo ignora as pautas dos movimentos e se recusa a negociar com os trabalhadores. E na última sexta-feira (23) não foi diferente. Militantes do Sinasefe, em greve, interromperam o discurso da presidente Dilma Rousseff durante o lançamento da Política Nacional de Participação Social, em ato em Brasília.
Na ocasião, ela recebeu o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) e entregou da 5ª edição do Prêmio ODM Brasil. O Sinasefe pediu abertura de negociações com a categoria, em greve desde o dia 21 de abril, e cobrou também da presidente repasse imediato de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação Pública. A resposta de Dilma foi evasiva e os grevistas foram imediatamente retirados do local por seguranças.
Na segunda-feira (19), algo semelhante ocorreu durante a visita de José Henrique Paim, ministro da Educação, à Universidade Federal de Tocantins (UFT). Um grupo de estudantes protestou contra a precariedade da assistência estudantil, em especial o Restaurante Universitário (RU), que estava sendo inaugurado pelo ministro. “Inauguraram o RU que atenderá 1500 pessoas, mas a demanda é de 7000 refeições diárias”, afirma Fábio Duarte, presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFT (Sesduft-SSind). Duarte ainda disse que as lanchonetes não podem mais vender refeições na UFT, o que irá gerar um grande problema quando começarem as aulas, no dia 28.
Fonte: Sesduft-SSind e Agência Brasil |