A ADUA vem a público manifestar pesar pela partida do ilustre poeta amazonense Thiago de Mello, falecido aos 95 anos, nesta sexta-feira (14), em Manaus.
Thiago de Mello nasceu no município de Barreirinha (AM) e conquistou o mundo por meio de sua produção literária. Escreveu sua história como um dos poetas e tradutores mais respeitados do Brasil. “Os Estatutos do Homem” e “Faz escuro, mas eu canto” estão entre suas principais obras, algumas traduzidas para diversos idiomas. Membro da Academia Amazonense de Letras, recebeu o destaque de Personalidade Literária do Prêmio Jabuti, em 2018, em reconhecimento pelo conjunto de seu trabalho.
Foto: André Argolo/Divulgação
A Seção Sindical se solidariza com a dor dos familiares deste grande cidadão amazonense e de todos aqueles que com ele conviveram nas esferas profissional e pessoal, rendendo homenagens a sua atuação profissional e humana. “Faz escuro, mas eu canto” é sua mensagem de resistência que se eterniza para todos os dias de luta.
Leia a homenagem da ADUA:
THIAGO DE MELLO (1926-2022)
O poeta que fez de seu canto luz contra a escuridão
Completou a viagem da imanência para a transcendência.
A Amazônia indígena e caboca, em sua unidade natural e social,
Verde e aquática, entra em silêncio reverencial.
No exílio, em Santiago do Chile, em 1964, ao lado de Paulo Freire,
Thiago de Mello cantava para o
Brasil e para o mundo
"Os Fonemas da Alegria":
"Peço licença para terminar
Soletrando a canção de rebeldia que existe nos fonemas da alegria:
Canção de amor geral que eu vi crescer
Nos olhos do homem que aprendeu a ler".
Neste 14 de janeiro de 2022
Thiago de Mello e Paulo Freire
Dar-se-ão num abraço amazônico
E a uma só voz nos dirão em coro:
Mesmo que o escuro recrudesça no Brasil
E as sombras do passado ameacem o presente,
Seguiremos a cantar e a educar pela
Prática da liberdade coletiva.
Diretoria da ADUA – Seção Sindical
Biênio 2020-2022
Da Amazônia de Thiago de Mello para o mundo
14 de janeiro de 2022.
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