A ADUA, a Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (Famddi) e outras 25 organizações indígenas assinam uma nota pública reivindicando que o Ministério Público Federal (MPF) e Fundação Nacional do Índio (Funai) apurem uma ação intimidatória ocorrida contra indígenas na Aldeia Gavião do povo Sateré-Mawé, situada no Rio Tarumã-Açú, em Manaus.
A Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime) denuncia que o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), comandado pelo coordenador Januário Carneiro da Cunha Neto, realizou uma ação sem respaldo legal contra indígenas da aldeia, na quarta-feira (5).
“De forma arbitrária e escoltado por policiais federais, invadiram a Aldeia Gavião e a casa da liderança Terezinha Sateré, sem apresentar nenhum Mandado de Segurança, intimidando os indígenas, crianças, mulheres e anciãos da aldeia, sob a alegação de que as lideranças indígenas estavam prendendo a saída dos medicamentos do pequeno posto de saúde, bem como a procura por arma de fogo, sendo que nenhuma arma de fogo foi encontrada na aldeia ou na casa da liderança”, afirma o documento.
A nota conjunta também denuncia a falta de estrutura de alguns postos. “Para os que conhecem a realidade da saúde indígena no entorno de Manaus, sabe que tal justificativa não se sustenta, uma vez que alguns postos funcionam sob total precariedade”.
Em reportagem produzida pelo Amazônia Real são contados os desafios vividos pela comunidade indígena Gavião em meio a pandemia da covid-19, apresentando um cenário onde faltam dados exatos sobre o impacto da doença na população indígena de Manaus, que continua sem reconhecimento das autoridades públicas de saúde.
Leia na íntegra a Nota de repúdio à violência contra a comunidade indígena Gavião
Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real
Fontes: ADUA com informações da Copime Amazônia Real.
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