Sue Anne Cursino
Subindo a centenária Avenida Eduardo Ribeiro, a multidão de manifestantes preenchia o contraste da paisagem formada pelas barracas de camelôs, altos edifícios, comerciais varejistas e os imponentes Palácio da Justiça e Teatro Amazonas. “Fora Bolsonaro!” Bradavam centenas de pessoas que caminhavam sobre os ladrilhos desequilibrantes da avenida, cujo nome homenageia o primeiro governador negro do Amazonas.
Em marcha, rumo ao largo São Sebastião, essa cena se repetiu durante as manifestações presenciais dos atos pelo Fora Bolsonaro e Mourão, no centro histórico de Manaus (AM). A mobilização na conhecida “Paris dos Trópicos” fortalece a unidade da luta que eclodiu em 2021 no Brasil.
Presença marcante nos atos é a dos e das docentes e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), tanto na capital amazonense, quando no interior do Estado. O Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), em Parintins, o Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet), em Itacoatiara, e o Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá (AM) registram participação na pauta nacional, com foco na defesa da educação, da ciência e do funcionalismo público.
O povo está cansado de sofrer e se ergue contra seu algoz, em resposta à crise sanitária, social, política, econômica e ambiental que o país vive. O último Ato Nacional pelo fora Bolsonaro e Mourão, ocorrido no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, repercutiu em diversas cidades brasileiras e em outros países, dando continuidade à luta que teve outras edições em 29 de maio, 19 de junho, 3 de julho, 24 de julho, 7 de setembro e 2 de outubro deste ano.
O ANDES-SN e suas seções sindicais, entre elas ADUA, CSP-Conlutas, e outras entidades, movimentos sociais, estudantis e político-partidários, vêm apoiando e participando ativamente das ações em defesa da vida.
Luto, do verbo lutar
Ainda em luto, pelas mais de 600 mil vidas perdidas devido à covid-19 só no Brasil, e mais de cinco milhões em todo o mundo, milhares de pessoas ousam ir às ruas para protestar contra o presidente da república Jair Bolsonaro.
A ADUA apoiou e marcou presença em todas as convocações dos atos realizados desde maio deste ano. Vestindo camisa com a frase “De luto na luta”, professores e professoras extrapolaram suas lições para além das salas de aulas, ainda com cuidados sanitários, defendendo a vacinação, com respeito ao distanciamento e utilizando máscaras e álcool em gel, após a perda de mais de 120 membros da comunidade acadêmica da Ufam, a maioria vítima da covid-19, em pouco mais de um ano de pandemia.
Comunidade do IEAA/Ufam levanta bandeira em defesa da educação em Humaitá
A missão docente nas ruas é reincorporar a resistência dos povos originários e fazer parte da reconstrução do pensamento coletivo da luta em defesa da vida e da educação gratuita, pública e socialmente referenciada. Seja na capital amazonense ou no interior, nas faixas e cartazes empunhados liam-se as reivindicações daqueles que urgem por um futuro mais digno para todos e todas: impeachment de Bolsonaro, defesa da vida e da ciência, e justiça pelas vítimas da covid-19.
24J: defender a vida
O 4º Ato Nacional pelo Fora Bolsonaro e Mourão ocorreu no dia 24 de julho e uniu milhares de pessoas, com alto número de manifestações em 471 cidades brasileiras e em 17 países. No Norte, 11 cidades participaram, entre elas Manaus e Itacoatiara.
Em Itacoatiara, os e as manifestantes se reuniram na orla da cidade, com cartazes em defesa da vacina, contra o Projeto de Lei (PL) 490 (Marco Temporal) e pelo Fora Bolsonaro.
“Com relação ao contexto Fora Bolsonaro, vacina sim, pela vida, renda e vacina pra todos e todas, nós aqui, os professores que estão presentes na unidade, porque muitos estão trabalhando remoto, devido a todo esse contexto, nós nos articulamos junto com pessoal da Frente Brasil Popular, ligado a CSP-Conlutas, partidos políticos, organizações, movimentos sociais, estudantes da Ufam, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), das redes estadual e municipal, sindicatos, e instituições que comungam e almejam um país desenvolvido, inclusivo e sustentável para todos e todas”, afirmou o docente do Icet/Ufam, Fabrício Valentim.
De luto na luta: docentes participam de protesto no Centro de Manaus
Na capital amazonense, sob o sol forte, a concentração iniciou às 15h, na Praça da Saudade. De lá, os e as manifestantes caminharam pelas avenidas Epaminondas e 7 de Setembro em direção ao Teatro Amazonas, na Rua 10 de Julho. Entre as pautas defendidas, estiveram a aceleração da vacinação, auxílio emergencial digno, os direitos das mulheres, negros, negras, LGBTQIAP+ e indígenas; a luta contra os cortes na Educação, a Reforma Administrativa (PEC 32), as privatizações e o embargo dos EUA a Cuba.
7S: Grito dos Excluídos e das Excluídas
Com o mote “Grito por Fora Bolsonaro, vida em primeiro lugar”, o 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas, realizado em todo o Brasil também foi registrado em Manaus e em Humaitá, denunciando as mais variadas formas de exclusão sociais.
O movimento popular teve como objetivo o contraponto ao patriotismo passivo do Grito da Independência, cuja forma de “comemoração” se deu com um desfile de tanques das forças armadas diante do Congresso, em Brasília (DF), em uma tentativa bizarra do presidente mostrar forças, que, infelizmente, é contra o próprio povo.
Na capital amazonense, a concentração foi no Largo do Mestre Chico, na Avenida Lourenço da Silva Braga, no Centro. A manifestação contou com a presença de diversas frentes, movimentos sociais, estudantis, políticos, e representantes das religiões católicas, evangélicas e de matriz africana. Além de discursos, o ato contou com orações, música e teatro.
De luto na luta: docentes participam de protesto no Centro de Manaus
O 2º vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar Oliveira, discursou em defesa dos direitos e das garantias fundamentais formalmente constitucionalizadas, no Largo do Mestre Chico. Na ocasião, o docente leu a nota da Seção Sindical, publicada no dia 7 de setembro, em defesa da vida dos subalternizados e das subalternizadas, da Constituição e do Estado Democrático de Direito.
“Somente a luta muda a vida. É na luta que a luta se fortalece. Somente a grande luta muda a história. Em defesa do Brasil como país para todos e todas. Em defesa da Mãe Terra e da Vida dos Povos Indígenas. Não ao Marco Temporal. Demarcação Já! Em defesa da vida socialmente vulnerabilizada; da classe que vive do trabalho e produz riqueza; dos empobrecidos (as), da população negra, das mulheres vítimas do machismo e do feminicídio, das vítimas de preconceito e violência em razão de sua orientação sexual, política, religiosa, da população de rua, da população carcerária, dos subempregados(as), dos desempregados(as), dos milhões de brasileiros(as) que sobrevivem da informalidade”, afirma trecho da carta.
Em Humaitá, docentes e discentes do IEAA/Ufam ergueram faixas e cartazes na Praça da Matriz em defesa dos empregos, dos direitos e contra todos os ataques do governo de ultradireita.
Em defesa da Educação
Assim como o Rio Negro e o Solimões se abraçam para formar o encontro das águas, cartão postal do Amazonas, em todas as manifestações, estudantes, professores e professoras se uniram na luta contra os cortes no orçamento da educação, reivindicando pagamento de bolsas de pesquisa, concursos, autonomia universitária, valorização da categoria e respeito. O canto entoado dava o recado de que resistir é preciso: “A nossa luta unificou. É estudante junto com trabalhador”.
O desmonte da educação brasileira é um projeto que vem se intensificando no governo Bolsonaro. O país vive um cenário de intensos ataques à educação, como os cortes no orçamento das Instituições Federais de Ensino (Ifes). Para 2021, houve corte de R$ 2,7 bilhões no orçamento aprovado pelo governo federal. Ao considerar ainda os vetos e bloqueios do presidente, a perda total no orçamento de 2021 é de R$ 29,1 bilhões em comparação ao projeto aprovado, em março, pelo Congresso Nacional.
Esses cortes já impactam o cotidiano de milhares de estudantes, no pagamento de bolsa de pesquisa, no valor de bolsas para estudantes vulneráveis e na execução de Plano Sanitário para a retomada das aulas presenciais. As universidades federais brasileiras necessitam de, no mínimo, R$ 1,8 bilhão a mais do que o previsto para funcionarem em 2022, segundo comunicado feito em outubro pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Isso porque a previsão no Projeto de Lei Orçamentária de 2022 é de R$ 5,1 bilhões de recursos discricionários (gastos com funcionamento, obras, contratação de serviços de terceirização de mão de obra e despesas com assistência estudantil) para as 69 instituições, mas a necessidade é de, no mínimo, R$ 6,9 bilhões para custear, por exemplo, energia elétrica, água e investimentos.
A defesa da educação é urgente diante de graves ataques do governo federal, que também acontecem por meio das intervenções que as universidades têm sofrido desde 2019. Um total de 21 reitores e reitoras foram empossados pelo presidente sem que tivessem sido escolhidos e escolhidas nas eleições internas da comunidade acadêmica ou que nem estavam na lista tríplice enviada pelas instituições, configurando grave ataque à democracia e à autonomia universitária.
A educação também é alvo de discurso de ódio do governo. As frases “as universidades deveriam ser para poucos” e “crianças com deficiência atrapalham o aprendizado de outros”, foram ditas pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, que, na contramão da ideia defendida por Paulo Freire, critica a obra “Pedagogia do Oprimido”, e defende a dor no processo de educação de crianças.
ADUA empunhou bandeira contra a Reforma Administrativa
A ADUA e o ANDES-SN criticaram a declaração do ministro. Em nota de repúdio, o Sindicato Nacional afirmou que Ribeiro “não conhece a universidade pública no Brasil e está alinhado a um governo que está a serviço do grande capital, defendendo a meritocracia, na qual somente privilegiado(a)s podem ter acesso ao Ensino Superior”.
O cenário é de graves ataques à autonomia das instituições de ensino, aprofundamento da precarização das condições de trabalho e de ensino e aprendizagem. Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, que tramita na Câmara, o governo quer dar um impiedoso golpe, destruindo os serviços públicos, e prejudicando diretamente o funcionalismo público, principalmente na área da saúde e educação, alvos frequentes do governo federal.
18A: Greve do funcionalismo público
Para somar na luta contra a Reforma Administrativa e no Fora Bolsonaro, sindicalizados e sindicalizadas da ADUA participaram da Greve Nacional do Funcionalismo Público, no dia 18 de agosto, em Manaus e em Parintins.
Em Manaus ocorreu panfletagem e discursos na Praça da Polícia (Praça Heliodoro Balbi), no Centro, em conjunto com outras categorias do funcionalismo público como trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, petroleiros, petroleiras, sindicalistas, estudantes, entre outros representantes de entidades, partidos políticos e movimentos sociais. Em Parintins, os e as docentes se reuniram, com faixas e bandeiras, na Praça da Catedral. A proposta do ato foi conscientizar servidores e servidoras, bem como a população em geral, de que a PEC 32 afeta os e as que estão na ativa e não apenas futuros servidores e servidoras.
“Estamos diante de um governo que desrespeita cidadãos e cidadãs, estamos diante de um governo corrupto, estamos diante de um governo que não governa, que desgoverna o país, na verdade”, discursou a presidente da ADUA, professora Ana Lúcia Gomes.
Em Parintins, docentes da Ufam protestaram em defesa do funcionalismo público
A panfletagem buscou informar os trabalhadores e as trabalhadoras sobre os perigos da Reforma Administrativa, que destrói os serviços públicos, abre espaço para a corrupção, práticas de peculato e assédio, além de promover aumento da privatização, o que vai enriquecer empresários e exigir que a população pague pelo serviço que hoje é dever do Estado.
2 outubro: Resistência
Após a chuva torrencial que caiu na tarde do dia 2 de outubro, manifestantes pelo Fora Bolsonaro tomaram as ruas do Centro de Manaus, em caminhada, da Praça da Saudade até a Praça do Congresso, onde ocorreram apresentações culturais, entre elas a participação da cantora amazonense Márcia Siqueira. Um grande boneco representando o educador Paulo Freire, cujo centenário de nascimento foi comemorado no dia 19 de setembro, simbolizou a defesa da educação e o clamor pelo fim do desgoverno de Bolsonaro.
Em Parintins, a frente do Bumbódromo (local onde realiza-se o Festival Folclórico, com a disputa entre os bois-bumbás Garantido e Caprichoso), foi palco para panfletagem e tribuna popular.
A docente do ICSEZ e 2ª secretária da ADUA, Valmiene Florindo, afirma que, apesar do medo devido à pandemia, é importante manter uma agenda de mobilização permanente fora da sede para os atos, acompanhando as mobilizações nacionais. “Os primeiros atos do ano foram desafiadores, pois ainda tinha certo temor pela transmissão do vírus e da vacinação ainda não ter iniciado. Embora em número de participantes tenha sido tímido houve muita adesão de entidades, partidos e movimentos sociais. Conseguimos marcar a posição contrária a toda a política ultraconservadora em curso e isso foi positivo. A ADUA e os professores e professoras sindicalizados e sindicalizadas sempre se mostraram muito ativos nesses atos apesar do medo de ir pra rua ou praças. Temos tido uma boa articulação e diálogo com as entidades, construindo juntos os atos”.
Já em Humaitá, o Coletivo de Luta e Resistência realizou ato na Praça da Saúde, com participação de docentes e estudantes do IEAA/Ufam e Diretório Central dos Estudantes (DCE). A professora do Instituto, Danielle Gonzaga, afirmou que, com o retorno híbrido das atividades, está sendo possível organizar as reuniões e atos, com participação de discentes, docentes e movimentos sociais, incorporando a luta contra a Reforma Administrativa e em defesa da educação. “Nesse momento estamos apoiando a mobilização dos alunos, que estão com atraso nas bolsas Pibid e da residência pedagógica, e pela manutenção do auxílio emergencial e restaurante universitário”, disse.
Um ato político e cultural marcou a tarde na “Princesa do Madeira”, com a leitura de um documento com motivos para protestar naquele 2 de outubro, recitação de poemas, falas políticas para a comunidade com carro de som e lanche coletivo.
20 de novembro
Com mote “Fora Bolsonaro Racista”, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, foi realizado mais um ato nacional com o pedido de impeachment do presidente. Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos que compõem a Campanha Nacional Fora Bolsonaro somaram-se ao movimento negro. São muitos os motivos para protestar. Um deles é o descaso com a vida da população mais pobre, a maioria formado por negras e negros.
O ANDES-SN, suas seções sindicais, entre elas a ADUA, sindicatos, estiveram presentes nos atos em defesa do povo negro e pelo Fora Bolsonaro Racista. Em Brasília, a ADUA esteve representada pela 2ª secretária, professora Valmiene Florindo.
Docentes fortalecem luta em defesa do povo negro
Em Manaus, a manifestação foi realizada na praça da Polícia, no Centro, que apesar da chuva, foi marcada com panfletagem, falas públicas, e a 1ª Feira do Empreendedorismo Preto, que contou com atrações que exaltaram a cultura afro-brasileira, capoeira, batalha de MCs, gastronomia e exposição de artesanatos.
Em nota publicada na data, a ADUA reafirmou o compromisso de unir “seu grito e seu protesto a todas organizações e movimentos para dizer que vidas negras importam e seguirão na luta comum contra a política do crime, da destruição e da morte promovida pelo Estado brasileiro contra indígenas, negras, negros e toda a classe trabalhadora”.
Se o presidente da Câmara, Arthur Lira, não tem coragem de desengavetar os mais de 100 pedidos de impeachment de Bolsonaro, a população brasileira tem ânimo para em cada ato público denunciar a responsabilidade do governo federal pela política de fome, miséria, desemprego, violência e corrupção que assola o país. A ADUA se faz presente na luta em defesa de todos e todas, com o esperançar de Paulo de Freire e a força dos povos originários, reafirmando o compromisso com a defesa da dignidade e da vida de cada professora e de cada professor da Ufam.
Motivos não faltam para ir às ruas protestar
É inegável que o Brasil afunda na gestão de Bolsonaro, diante do acúmulo de denúncias de negligência da pandemia da covid-19, com negacionismo, suspeitas de corrupção na compra de vacinas (denunciadas na CPI da Covid, no Senado Federal), e a morte milhares e inúmeros sequelados e sequeladas pela doença. Além das consequências da pandemia, o país presencia ainda o descaso ambiental com a Amazônia, os ataques aos povos indígenas, ao povo negro e às pessoas LGBTQIAP+.
A esse cenário soma-se o retorno do país ao Mapa da Fome e da miséria. Segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), são, pelo menos, 19,1 milhões de brasileiros e brasileiras que efetivamente passam fome. As cenas de pessoas esperando caminhões de lixo para tentarem conseguir alimentos e as filas para receberem ossos e peles já estão se tornando comuns nos veículos de comunicação. No dia 12 de outubro, o jornal Le Monde publicou a reportagem “Brasil afunda na pobreza extrema”, onde relata o aumento da pobreza no Brasil, com dados da Universidade de São Paulo (USP), denunciando que o país acumula mais de 60 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
A fome dói e agudiza diante do fim do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial. Parece não haver saída, enquanto a taxa de desemprego é de 14%, com aumento da informalidade e da precarização do trabalho, resultado caótico, ampliado pela contrarreforma trabalhista. O número de pessoas em situação de rua cresce e a cada dia um novo reajuste de produtos básicos é anunciado. Ao mesmo passo em que aumentam o preço da carne, arroz, feijão, energia elétrica e gasolina, o poder de compra do cidadão e da cidadã cai ainda mais.
A crise econômica e social, que já era um problema no Brasil, se intensificou durante a pandemia e da instabilidade política. A má gestão de Jair Bolsonaro piora o cenário de desprezo à população. Porém, das ruas e na agitação nas redes sociais, se ouve o grito de basta! “Nem de bala, nem de fome, nem por covid. Todas as vidas importam”.
|