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  07/12/2021


Docentes decidem encaminhamento de demandas ao Consuni/UFAM sobre retorno presencial



 

Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) debateram sobre as condições para o retorno às atividades em 2022, em Assembleia Geral Virtual convocada pela ADUA, na tarde desta segunda-feira (6). O retorno às atividades 100% presenciais em janeiro de 2022 foi definido pelo Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe) da Universidade. Durante a AG, foi decidido o encaminhamento de demandas da categoria docente ao Conselho Universitário (Consuni) da Ufam.

 

Os e as participantes da AG encaminharam o seguinte: necessidade da manutenção do protocolo de biossegurança, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos; garantia das condições para o atendimento das medidas sanitárias; exigência do passaporte de vacinação; divulgação permanente das orientações para o enfretamento à covid-19; monitoramento do cenário de evolução da pandemia, com exigência da quarentena para as pessoas que testarem positivo para a doença; e encaminhamento para a testagem das pessoas que estiveram em contato com pessoas infectadas pelo novo coronavírus na Ufam.

 

O professor Valmir Flores Pinto foi um dos que defenderam que a universidade, enquanto órgão de pesquisa e com autonomia, deveria cobrar o passaporte da vacina de servidores, servidoras, estudantes, terceirizados, terceirizadas e demais pessoas que trabalham ou frequentam a instituição. “Nós devemos ir ao Consuni e defender que volte com segurança, exigir que volte com segurança, com passaporte vacinal, com medida de temperatura”, disse.

 

A docente e integrante do Comitê Geral de Enfrentamento à Covid da Ufam, Ana Claudia Fernandes, afirmou que a Ufam possui um boletim epidemiológico e um protocolo de biossegurança, mas que é necessário o esforço de todos e todas. “Atuo em uma unidade que não é grande, mas nós tivemos que suspender o uso de laboratório, porque os alunos estavam sem máscara. Tivemos que suspender aula presencial, porque desmarcaram todo o distanciamento que tinha lá, casos de pessoas com covid que tivemos que afastar (...) a gente precisa, cada um de nós, assumir a responsabilidade desse momento”, afirmou.

 

O professor Marcelo Seráfico argumentou que os conselhos departamentais devem se manifestar, mas que a decisão deve vir do Consuni, sendo necessário ter uma posição institucional da Ufam, com uma reflexão sobre como a universidade vai funcionar. “Dado o contexto político, e tudo aquilo que pesa à universidade, já vão dizer, ‘olha, aqueles não querem dar aula, e aqueles outros querem’. Porque até hoje nós não tivemos uma defesa razoavelmente bem feita sobre o quanto os professores estão trabalhando, sobre as dificuldades dos estudantes, dos técnicos, no decorrer desse processo”.   

 

Conduzindo a AG, o 2º vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, reiterou que as orientações devem ser bem divulgadas para a comunidade acadêmica, e que estas não fiquem apenas sob a responsabilidade dos e das docentes. “Haverá a necessidade de um trabalho pedagógico, para não parecer que o professor e a professora estão inventando regras de forma capciosa, fazendo uma exigência. Eles precisam estar amparados por essas divulgações”, ressaltou.

 

Informes

 

No início da reunião, os e as presentes repassaram alguns informes.  O professor Alcimar reiterou que o ANDES-SN mantém em Brasília, já na 12ª semana consecutiva, a Jornada de Luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32). O docente também avisou, ainda, que a ADUA encaminhou à reitoria e à presidência do Consuni um documento solicitando esclarecimentos da Ufam sobre a expansão das universidades federais, anunciada pelo ministro da educação, Milton Ribeiro.

 

O 1º tesoureiro da ADUA, professor Tomzé Costa, informou que houve mais um lançamento da Revista Resistências e convidou os e as docentes para colaborarem com o próximo número da revista e com a divulgação. O detalhamento do tema e subtemas do número 4 está disponível para consulta no site da ADUA. Na ocasião, o professor lembrou que as edições impressas estão disponíveis para retirada na sede da ADUA.

 

Sobre a divulgação do novo número de telefone de contato da Assessoria de Comunicação da ADUA, (92) 98202-0199, a 2ª Secretária da ADUA, Valmiene Florindo, solicitou aos presentes que o adicionem para que recebam as informações da seção sindical via smartphone.

 

Outro informe foi que a Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI), da qual a ADUA faz parte, participará de um ato em apoio à vida dos indígenas Yanomamis, na sexta-feira (10). A mobilização será realizada na praça do Congresso, no Centro de Manaus, com concentração às 15h e início às 16h (horário local), segundo o informe repassado pela 2ª tesoureira da ADUA, professora Elciclei Faria.

 

A professora Selda Vale informou que, na noite de segunda-feira (6), haveria um lançamento do livro “Vidas que Falam”, volume 2, no Centro de Formação Maromba, no bairro Chapada. Na obra constam histórias de vida e de luta de 33 homens e mulheres do cenário de resistência do Amazonas, dentre elas a do professor Osvaldo Coelho, cuja atuação na ADUA foi marcante, e sua presença como filósofo, advogado e professor da Ufam deixam imenso legado em defesa da educação pública. A autoria da história de vida do professor Osvaldo Coelho é também de outro histórico professor e dirigente da ADUA, professor Aloysio Nogueira.

 

Fonte: ADUA



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