Movimentos feministas convocam protesto para esta quinta-feira (25), às 17h30 (horário local), em frente ao Teatro Amazonas, em Manaus (AM). O ato público marca a defesa da vida feminina neste Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres. A programação conta com panfletagem do Manifesto da União Brasileira de Mulheres (UBM) pelo empoderamento feminino, sem fome, violência e racismo, e a realização de um ato simbólico com velas e balões brancos, em alusão às 21 vítimas de feminicídio no Amazonas, só neste ano.
Segundo a coordenadora em exercício da UBM no Amazonas e vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Eriana Azêvedo, o Amazonas tem quase 18 mil vítimas de violência doméstica só em 2021.
“infelizmente a gente vê que isso é só a ponta do iceberg. A gente sabe que os casos que não são notificados são muito maiores do que os que são notificados. Esse ano mesmo, comparado ao ano passado, existe uma redução de notificações, mas a gente sabe que o número de casos é maior”, explica Eriana.
A mobilização na capital amazonense é organizada pela UBM do Amazonas, com apoio do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, União Juventude Socialista feminista, Institutos Feminismos da Amazônia e Instituto Pró-Equidade.
Neste dia, o mundo inteiro inicia os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. No Amazonas as atividades iniciaram mais cedo, no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, porque as mulheres negras são as que mais sofrem violência em comparação com mulheres brancas.
“É importante que toda a sociedade possa se unir em prol dessa causa. A violência contra a mulher, infelizmente, é uma chaga na nossa sociedade. O nosso estado é um dos mais violentos para se viver, pra ser mulher. Todos os dias, se a gente abrir os jornais, a gente tem casos de violência doméstica, casos de feminicídios. Então é muito importante que a gente possa combater, denunciar e se envolver. É uma data importante para nós do movimento e a gente quer aproveitar essa data pra fazer ecoar esse nosso grito de socorro, esse nosso grito de basta, esse nosso grito de alerta pra sociedade inteira”, finaliza Eriana.
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