Percorridos 15 dias da greve dos técnico-administrativos em educação (TAEs) das universidades brasileiras, o Ministério da Educação (MEC) recebeu na segunda-feira (20/06), o Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras - Fasubra Sindical.
Na ocasião, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a elaboração conjunta de um cronograma de reuniões entre a categoria e o Ministério do Planejamento (MP) para tratar da pauta salarial, desde que a categoria suspenda a greve.
O CNG-Fasubra por sua vez, solicitou ao ministro que a proposta fosse oficializada, para posterior avaliação do comando e da base dos sindicatos filiados à federação.
O comando exigiu também que o Governo Federal apresentasse uma contraproposta concreta à pauta de reivindicações e ressaltou que o mais importante é garantir aumento salarial no mínimo para 2012. O ministro, então, reiterou o compromisso assumido de mediar o conflito e disse que a luta dos TAEs deverá ter retorno positivo.
“Às vezes a contraproposta não contempla 100%, contempla 60%. Mas você fala, que se eu chegar a 70%, pode ser que eu consiga aprovar essa coisa; chegar a 80%, pode ser que eu possa aprovar. Mas se for contraproposta de 15%, você fala: está tão longe das minhas pretensões que não faz mais sentido”, disse Haddad.
Durante a reunião, o ministro da Educação deixou claro que considerou a deflagração da greve uma estratégia precipitada e questionou o porquê da categoria não ter aceitado o ofício do MEC, no qual o ministério nomeou como negociadores do governo, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Duvanier Paiva, e o secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa.
Os representantes do comando de greve reafirmaram a disposição de negociação e declararam que se houver algum elemento novo, o CNG fará a avaliação e remeterá às bases. O CNG-Fasubra ressaltou ainda que o rompimento das negociações partiu do Ministério do Planejamento, ao cancelar a reunião marcada para o dia 07 de junho.
Vigília
O CNG-Fasubra realizou, nesta segunda-feira (20), uma vigília de acompanhamento da reunião entre os representantes do comando e o MEC. Com faixas, cartazes, vuvuzelas, fogos de artifício e instrumentos de percussão, a categoria exigiu uma contraproposta à pauta salarial protocolada no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Humor e seriedade marcaram a presença dos TAEs, que mais uma vez mostraram a força da greve, que já contabiliza 86% de adesão da categoria. No início da tarde, a comissão repassou os informes da reunião e no final da tarde foi feita uma avaliação da reunião pela totalidade dos membros do CNG-Fasubra.
Apoio
A greve dos TAEs vem recebendo uma série de manifestações de apoio de centrais sindicais, partidos políticos, conselhos universitários e entidades da sociedade civil organizada. A mais recente foi recebida pelo CNG-FASUBRA ontem, e partiu de 25 seções sindicais do ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.
Fonte: Fasubra |