Trinta e um coordenadores(as) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pediram exoneração, na última semana, o que pode comprometer a realização da prova prevista para ocorrer nos dias 21 e 28 deste mês. Os motivos da saída foram decisões consideradas não técnicas e assédio moral por parte do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas.
Somente na segunda-feira (8), 29 servidores(as) do Inep pediram exoneração. Desse total, 27 trabalham em áreas diretamente ligadas ao Enem e 22 são coordenadores(as). Conforme reportagem do UOL, os pedidos de demissão coletiva seriam uma forma de pressionar pela saída do atual presidente do Instituto. Danilo Dupas é o quarto presidente a assumir o Inep, desde o início do governo de Jair Bolsonaro, e um dos mais criticados. E assim como os demais, não tem experiência na área.
Apesar da prova estar pronta, a demissão dos(as) servidores(as) ameaça os processos pós-exame e o cronograma para a edição de 2022, que começaria a ser feito nas próximas semanas. Entre os pedidos de exoneração estão os dos coordenadores de Exames para Certificação e o de Logística de Aplicação, profissionais ligados à fiscalização do cumprimento do contrato do Enem nos dias de aplicação, além de funcionários(as) que cuidavam do recebimento da base de dados que servirá para divulgar as notas dos(as) participantes.
Em carta aos diretores do Instituto, aqueles(as) que pediram exoneração afirmaram que a entrega dos cargos se dá devido à "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep" e que a decisão “não se trata de posição ideológica ou de cunho sindical”. O Inep é ligado ao Ministério da Educação (MEC) e é responsável pelo Enem e por outros estudos e avaliações da educação. Em nota, a Associação dos(as) Servidores(as) do Inep (Assinep) afirmou ser necessária a “atuação urgente do MEC e do governo federal” para reduzir riscos à sociedade.
Foto: Agência Brasil
Fontes: UOL, Rede Brasil Atual e Mossoró Hoje
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