Em mais uma Assembleia Geral com ampla participação, os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram, na tarde desta terça-feira (25), a continuidade da greve deflagrada há uma semana. Aproximadamente 200 servidores participaram da decisão tomada pela instância deliberativa da categoria, em encontro realizado no hall da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA). Houve apenas duas abstenções.
Essa foi a 3ª AG realizada pelos trabalhadores desde o dia 17 de março. A próxima está agendada para esta quinta-feira (27), às 9h, nas dependências da área de saúde da instituição, em local a ser definido. “Possivelmente, será nas proximidades da Faculdade de Medicina ou mesmo do Hospital Universitário Getúlio Vargas”, disse a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Crizolda Araújo.
Uma das pautas da categoria é a revogação da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), dispositivo que delegou à empresa público-privada a gestão dos hospitais universitários em todo o país. Por isso, a estratégia da categoria é dar conhecimento à sociedade amazonense dos problemas enfrentados pelos trabalhadores do HUGV, cujo contrato com a Ebserh foi assinado no fim do ano passado.
Solidariedade
Na manhã desta terça, em reunião ordinária, o Conselho Universitário (Consuni) aprovou moção de apoio ao movimento paredista da categoria, após apresentação de proposta feita pelo Comando Local de Greve.
“Declaramos nosso apoio e solidariedade à luta dos técnicos, mesmo os docentes não tendo aderido à greve, o que não significa que sejamos contrários ao movimento dos companheiros”, disse o presidente da Adua, professor José Belizario. O docente destaca que o princípio básico na democracia e na luta sindical “é o respeito a cada categoria, que é autônoma para tomar as suas decisões”.
Confira a nota do Consuni na íntegra:
O Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal do Amazonas, reunido nesta terça-feira. 25 de março de 2014, vem a público manifestar o seu apoio ao movimento grevista dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior, em curso em todo o país.
Igualmente, o CONSUNI reconhece que o direito de greve é um direito público consagrado na Constituição Federal a todos os trabalhadores brasileiros, inclusive os servidores públicos, independente de sua condição contratual, rejeitando, desta maneira no âmbito da UFAM, ações de qualquer natureza que porventura maculem o efetivo exercício da democracia.
Fonte: Adua |