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Em Manaus, 3 mil professores aderem à paralisação nacional



Cerca de 3 mil pessoas professores das redes estadual e municipal de ensino responderam ao chamamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e participaram, na manhã desta terça (18), de um protesto no Centro de Manaus. A atividade faz parte da paralisação nacional da categoria, cuja programação teve início nesta segunda (17) e segue até esta quarta-feira (19).

Entre as pautas nacionais estão o cumprimento da lei piso, carreira e jornada, cerca de 20% de reajuste, votação imediata do Plano Nacional de Educação, entre outras reivindicações como planos de saúde, vale-transporte e lei que limita o número de alunos em sala de aula, além do fim do assédio moral nas instituições de ensino.

A passeata partiu da Praça da Polícia, na Avenida Sete de Setembro, e seguiu para a Avenida Eduardo Ribeiro, ambas no Centro de Manaus. Por volta das 11h, o movimento dispersou. Estudantes da Escola Estadual Dom Pedro II, localizada em frente à praça, ficaram sem aula e também participaram da manifestação.

A pedagoga Lia Barbosa, professora do 5º Ano, participou do protesto, mas ressaltou que a manifestação demorou a acontecer. “Os professores são tratados como a coisa menos importante do Estado. A educação tem que vir em primeiro lugar. O professor está sempre no sufoco. Faltam condições para alunos e professores, condições salariais e de infraestrutura. A metodologia não é discutida com os professores, é sempre imposta”, reclamou.

O professor de matemática, Raul Oliveira, 35, criticou os gastos com a Copa do Mundo em detrimento aos investimentos em educação. “É nosso direito estar aqui e protestar pelas coisas que precisamos. Afinal, dinheiro para a Copa tem. Mas a Copa não tem serventia alguma”, afirmou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que 98% dos 12.500 professores da rede municipal de ensino trabalharam normalmente, nesta terça-feira (18). “Ao todo, 17 escolas municipais tiveram aulas parcialmente interrompidas, mas nenhum delas ficou 100% paralisada”. A secretaria destaca que os alunos que ficaram sem aula terão o assunto reposto pelos professores. A Semed comunica, ainda, que permanece aberta ao diálogo com as entidades representantes da categoria.

Já a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que está organizando uma agenda de reuniões com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), onde serão discutidas as propostas de melhoria para a categoria. Conforme informações da pasta, dez escolas públicas estaduais na capital tiveram as aulas parcialmente interrompidas no período da manhã.

Ato em frente ao Palácio

Nesta segunda-feira (17), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) realizou uma manifestação em frente ao Palácio do Governo e à Prefeitura de Manaus, ambas na Avenida Brasil, bairro Compensa, zona Oeste.

“Os trabalhadores em educação querem ser recebidos e querem um posicionamento de seus governantes com relação às reivindicações. No entanto, quando chegamos aqui somos impedidos de entrar e temos que nos limitar apenas a protocolar um documento com nossas reivindicações”, criticou o presidente do Sinteam, Marcus Libório.

Libório destaca ainda como pauta de reivindicação da categoria o cumprimento do Piso Nacional nos municípios do Amazonas. Segundo ele, o piso não é cumprido em diversos municípios e o Sindicato quer ampliar o diálogo com o Governo do Estado para atuar junto ao interior num diálogo que possibilite o pagamento do piso para os professores.

Foto: D24AM

Fonte: D24AM, A Crítica e Sinteam



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