Uma geladeira vazia, ossos e cópias de dólares com manchas imitando sangue foram usados em protesto nesta quinta-feira (7), em frente ao Ministério da Economia. O ANDES-SN, suas seções sindicais, a CSP-Conlutas e outras entidades em defesa do funcionalismo público realizaram o ato público contra o ministro da economia, Paulo Guedes, que mantém offshore às custas da fome e do luto do povo brasileiro. As entidades estão em Brasília lutando para derrubar a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que faz parte do plano de desmonte dos serviços públicos.
A explicação para Paulo Guedes não se importar com a alta do dólar e da inflação no Brasil veio após a divulgação, no domingo (3), da informação de que ele mantém uma offshore com pelo menos R$ 51 milhões de reais, em paraíso fiscal. Conforme dados divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), do projeto da "Pandora Papers”, o ministro vem lucrando muito enquanto o Brasil padece.
O desemprego e a perda de renda são reais no Brasil, onde já existem mais de 14 milhões de desempregados(as), carestia de alimentos, aumento no preço da luz, da gasolina e do gás de cozinha.
Esses não são efeitos apenas da pandemia da covid-19, mas de uma política que não tem compromisso com o povo, por isso esse mesmo governo quer aprovar a Reforma Administrativa, que vai atingir diretamente os serviços públicos. É uma proposta ameaçadora para o funcionalismo público e toda a população, principalmente a mais pobre.
O integrante da CSP-Conlutas, Paulo Barela, lembrou que o fato de Paulo Guedes ter dinheiro em paraíso fiscal enquanto faz chacota da aula do dólar, representa sua irresponsabilidade diante da miséria, fome e luto que se vive no país.
"Nos últimos dias foi anunciado que Paulo Guedes tem contas em paraísos fiscais. O problema concreto é que Paulo Guedes é ministro da economia e dita os rumos do Brasil. Na nossa opinião isso desrespeita a Constituição e qualquer senso ético", afirmou.
A luta contra a PEC 32 vai continuar em Brasília. Para a próxima semana já estão confirmados atos nos dias 13, 14 e 15. A primeira semana de mobilização contou com a participação da ADUA nos atos presenciais (14 a 16 de setembro). A campanha de pressão aos (às) deputados (as) permanece com diálogo nos gabinetes e nas redes sociais.
Para fortalecer a luta, pressionado os deputados do Amazonas, clique aqui.
Contra a Reforma Administrativa, nenhum passo atrás!
Fotos: ANDES-SN/ Divulgação
Fontes: ADUA com informação do ANDES-SN, Revista Piauí, Rede de comunicação Popular e Economia UOL
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