Em mais uma declaração contra a educação brasileira, o ministro e pastor Milton Ribeiro disse que há um excesso de universidades no Brasil. A declaração foi dada, na terça-feira (5), no Simpósio Cidadania Cristã, realizado na Igreja Batista Central, em Brasília (DF). Ribeiro já chegou a afirmar que “as universidades deveriam ser para poucos” e que “crianças com deficiência atrapalham o aprendizado de outros”.
No evento evangélico, Ribeiro criticou o número de universidades públicas criadas em governos anteriores, sinalizando que há um excesso de instituições de Ensino Superior. O ministro defendeu, ainda, que o foco deve ser o nível básico. Segundo ele, “o alicerce na educação é a alfabetização”.
“Meninos chegam para fazer engenharia sem saber regra de três. Quando falo em universidade, falam que foi democratizada, mas encheram de telhados e se esqueceram do alicerce. O que nós temos hoje: jovens que são analfabetos funcionais, não entendem o que leem”, disse.
Em 9 de agosto, em entrevista ao programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, o ministro chegou a afirmar que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalha” o aprendizado de outras crianças sem a mesma condição. Nessa mesma entrevista, Ribeiro disse que a “universidade deveria ser para poucos”. Segundo ele, os institutos federais, que formam técnicos, serão a “grande vedete” do futuro, ou seja, os protagonistas.
Na ocasião, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Amazonas (Consuni/Ufam) aprovou uma moção de repúdio à declaração do ministro da Educação de que “as universidades deveriam ser para poucos”. A moção foi proposta pela Associação dos Docentes da Ufam (ADUA – Seção Sindical do ANDES-SN).
Foto: Cláudio Reis/Reprodução
Fontes: Poder 360 e Metrópoles
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