O ANDES-SN Debate irá discutir “As lutas das pessoas com deficiência e da comunidade surda” em live de terça-feira (5), a partir das 17h (horário de Manaus), pelo canal do ANDES-SN no YouTube. O encontro terá a participação da professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Marinalva Oliveira, e da professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Margarida Pimentel, com mediação da 1ª secretária da Regional Norte I, Zaira Fonseca.
Para participar, não é necessário inscrição prévia, pois o debate terá transmissão aberta. O painel contará com interpretação para Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Tema
Além das consequências negativas da pandemia da covid-19 para a educação brasileira, o país tem a particularidade do Ministério da Educação (MEC) estar sob a liderança de Milton Ribeiro, ministro cujo discurso representa o governo capacitista e segregacionista de Jair Bolsonaro.
Durante entrevista à TV Brasil, em 09 de agosto, Ribeiro referiu-se à problemática da inclusão no país afirmando que “as crianças com deficiência atrapalham o aprendizado dos outros porque a professora não tem equipe”. Uma semana depois reforçou as mesmas declarações capacitistas durante entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Rádio Jovem Pan, onde afirmou que o MEC e o governo não querem o "inclusivismo” e que crianças com deficiência “atrapalham” o ensino.
Na época, a diretoria do ANDES-SN emitiu nota de repúdio à fala do ministro, pois, além de preconceituosa, a posição de Milton Ribeiro revela a estratégia argumentativa em que pesa a falta de responsabilização sobre as questões educacionais no Brasil.
“Ao afirmar que pessoas com deficiência atrapalham os outros, o ministro reforça a lógica preconceituosa de normatização, que foi e ainda é responsável pela exclusão do convívio social e do acesso a direitos fundamentais às estas pessoas. Sendo, assim, um olhar capacitista, no sentido de não considerar as pessoas com deficiência sujeito(a)s dotado(a)s de toda a multiplicidade, subjetividade, potencialidades, e dificuldades, inerentes à pessoa humana, cabendo assim o tutoramento, a vigilância, e a segregação”, afirma a nota do ANDES-SN.
Diante desse cenário, o Sindicato Nacional e suas seções sindicais (entre elas a ADUA) engrossam a trincheira de luta das pessoas com deficiência, e mais uma vez põem em pauta a discussão sobre este tema pertinente e que vem sendo negado pelo governo Bolsonaro.
Fontes: com informações do ANDES-SN e UOL Notícias
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