Por Terra, Trabalho, Moradia e Educação, de 7 a 12 de outubro, cerca de 1,5 mil pessoas estarão mobilizadas na Marcha pela Reforma Agrária, que será realizada em São Paulo. Organizada pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), a mobilização vai começar em Sorocaba no dia 7 e seguir em direção a capital paulista, com previsão de chegada para o dia 12. Até o dia 15 (sexta-feira), estão marcados atos, com a participação da FNL, CSP-Conlutas e outras entidades, com objetivo de denunciar o aumento do desemprego, o encarecimento do custo de vida e a miséria que a população brasileira vive.
“Estamos em resistência, em luta e em marcha pela vida, acreditamos que a mobilização popular de nosso povo é capaz de derrotar esse projeto político de morte”, afirma o manifesto divulgado pela FNL.
O documento defende que é necessário colocar a vida digna como centro de debate, afirmando que é preciso dar um basta no projeto de sucateamento dos serviços públicos, repressão e opressão que está guiando o país para o aprofundamento da miséria e da fome.
“Muitos acusam que nós, defensores de uma sociedade mais igualitária, somos contra o progresso do país. Que progresso é esse que o custo é a derrubada de nossas florestas, a queimada de nossos biomas, a falta de comida no prato dos brasileiros, o desemprego, despejos urbanos e a violência contra os povos da cidade, do campo e da floresta? Mas que progresso é esse que o custo para o lucro de alguns é esse projeto de morte?”, questiona o manifesto.
Segundo o coordenador nacional da FNL, José Rainha, a Marcha pela Reforma Agrária acontece em um dos piores momentos do país, em que, além da pandemia, os direitos trabalhistas e a reforma agrária sumiram de pauta, assim como as atuações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
“Por que marchar? É muito mais do que caminhar. Marchar em busca do horizonte, dos sonhos, da terra, do trabalho, da moradia e da educação. Portanto, é muito importante que toda a sociedade participe dessa grande marcha. Será um ato importante que nós vamos defender as terras públicas do Estado e o projeto de reforma agrária que possa dar ao nosso povo o lugar do trabalho e educação. E pôr fim a esse fascista chamado Bolsonaro”, afirmou José Rainha em vídeo de convocação para a marcha.
Leia aqui o manifesto e assine o documento em apoio à marcha pela Reforma Agrária da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade, e contra a criminalização dos ativistas Zé Rainha e Claudemir Novais
Foto: FNL/Divulgação
Fontes: com informações da CSP-Conlutas e da FNL
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