A Pressão das entidades em defesa do funcionalismo público, entre elas a ADUA, durante a Jornada de Lutas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 teve efeito em Brasília (DF). A votação da Reforma Administrativa, que estava prevista para acontecer nesta quinta-feira (16), na Comissão Especial da Câmara dos(as) Deputados(as), foi adiada, presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para terça-feira (21).
O cenário começou a ficar desfavorável para os(as) aliados(as) de Bolsonaro com a presença da mobilização da Jornada de Lutas em Brasília e a agitação nas redes sociais para que os e as parlamentares votem contra a PEC 32.
A campanha levantada nacionalmente é de pressão junto aos deputados e às deputadas, assim como a divulgação das verdadeiras consequências da Reforma Administrativa, a qual vai afetar negativamente as esferas federal, estadual e municipal, com a privatização dos serviços públicos, o fim dos concursos públicos, a queda da estabilidade, o aumento do assédio no trabalho, corrupção e apadrinhamento.
Segundo informações da Assessora da Liderança da Minoria, Caroline Teixeira Jorge, um novo Relatório da PEC foi concluído na noite da quarta-feira (15), com pontos ainda mais prejudiciais para o serviço público no Brasil. Caroline afirma ainda que existe uma pressão muito forte da oposição para que o texto seja aprovado, por isso é estratégica e necessária toda mobilização das entidades em defesa do funcionalismo público.
Pela manhã desta quinta-feira (16), os servidores públicos e as servidoras públicas estiveram nos Anexos da Câmara com cartazes, faixas, megafones e palavras de ordem, em defesa dos serviços públicos. Deputados e deputadas que apoiam a mobilização dos servidores e servidoras mantiveram diálogo com representantes das centrais sindicais, frentes e movimentos presentes.
A Presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, e o 2º vice-presidente da ADUA, José Alcimar de Oliveira, estiveram presentes nesses quatro dias de Jornada de Lutas contra a Reforma Administrativa.
“Nós lutamos contra a PEC 32 porque nós acreditamos que essa PEC só traz retrocessos para o serviço público. Então nós estamos aqui, com outras entidades, para que a gente derrote essa PEC, para evitar que servidores e servidoras sejam afetados”, afirmou Ana Lúcia.
Durante as primeiras discussões do tema pela Comissão Especial, a comitiva do ANDES-SN chegou a ser barrada do interior da Câmara na manhã desta quinta-feira. A 2ª vice-presidente do sindicato nacional, Zuleide Queiroz, informou a situação aos demais e conclamou, por meio das redes sociais, que a mobilização permaneça firme para lutar contra as atrocidades que a Reforma Administrativa pode acarretar para toda a população, principalmente aos mais pobres.
A Jornada de Lutas contra a Reforma Administrativa marca um momento histórico e decisivo para o futuro dos serviços públicos do país. O professor José Alcimar, que esteve presente em todos os atos da jornada, afirma que é preciso fortalecer a luta contra essa PEC que representa o fim dos serviços públicos. “Sem a luta, sem a pressão aos deputados, a PEC pode ser aprovada e se voltará contra todos os servidores públicos do Brasil. Essa luta tem que se expandir para todos os estados e aglutinar forças para destruir esse projeto, essa emenda, que retira direitos e entrega o serviço público no Brasil para as mãos da iniciativa privada”, explica o docente.
Fotos: Daisy Melo
Fonte: ADUA com informações do ANDES-SN e Metrópoles.
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