Nesta semana o ANDES-SN divulgou duas moções em favor de trabalhadores demitidos arbitrariamente por causa da luta pelos seus direitos. Na moção de repúdio contra a demissão da sindicalista Aucileide Santos, a Leide, do Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros, Cargas, Turismo e Aquaviários do Estado do Amapá (Sincottrap), o Sindicato Nacional rechaça a justificativa “de redução de custos”, alegada pela Empresa de Transporte Sião Thur e pela Prefeitura Municipal de Macapá para demitir a sindicalista.
Afinal, “no ultimo período, a patronal do transporte em Macapá teve recordes em venda de passagens e isenção de impostos. Tanto o governo do estado quando a Prefeitura Municipal isentaram os empresários em metade dos impostos”, informa o documento. No texto da moção, o ANDES-SN afirma que a empresa teve “um lucro líquido de mais de R$ 3 milhões por mês”.
Em outra moção, o ANDES-SN intercede pela revogação da demissão de Carlos Augusto Machado. Engenheiro e empregado há quase 39 anos da Embratel, ex-dirigente sindical e representante dos empregados no Conselho Deliberativo da Fundação Telos, Machado foi demitido arbitrariamente em represália pela sua participação e intervenção na defesa dos trabalhadores de sua categoria.
No documento, a entidade afirma que a demissão de Machado é uma forma de a Embratel tentar “silenciar dirigentes e ativistas sindicais com perseguição, punição e demissão, contrariando a vontade manifesta do nosso povo por uma sociedade democrática”.
E acrescenta: “É um imperativo de coerência que Embratel reformule a sua decisão e reverta a demissão de Carlos Augusto, sob pena de ser denunciada e cobrada em todas as instâncias e espaços de suas atividades por ferir direitos constitucionais fundamentais do cidadão brasileiro: liberdade de expressão e de autonomia sindical”, diz o documento.
GREVE
O ANDES-SN divulgou também, nesta quarta-feira (6), apoio à greve dos rodoviários de Porto Alegre, deflagrada no dia 27 de janeiro quando a categoria, por unanimidade, rejeitou a proposta da patronal. O Sindicato Nacional considera o movimento justo e legítimo “tendo entre suas principais reivindicações o turno de seis horas, reajuste de 14%, plano de saúde com internação, vale alimentação de RS 20,00 e auxílio creche de R$ 390,00”.
“Manifestamos nosso total apoio e solidariedade a esse movimento que tem lutado contra a intransigência patronal e a política do sindicato que desde o início esteve contra a deflagração da greve. Exigimos que as justas reivindicações dos rodoviários sejam atendidas e que não haja nenhuma retaliação aos trabalhadores que estão exercendo seu legítimo direito de greve”, declara a entidade na moção.
* Ilustração: Sinpro Santos
Fonte: ANDES-SN |