Dando prosseguimento à mobilização indígena em defesa de seus direitos, milhares de mulheres indígenas de todo o país se preparam para deixar os seus territórios e se reunirem às demais indígenas que já se encontram em Brasília. O objetivo é a realização da II Marcha das Mulheres Indígenas do Brasil, que irá ocorrer de 7 a 11 de setembro.
Com o tema “Mulheres originárias: reflorestando mentes para a cura da terra”, a manifestação é a continuidade da chamada “Primavera Indígena”, luta em defesa os territórios indígenas, do meio ambiente e de melhores condições de saúde, emprego, moradia e educação para todas as indígenas do país.
Em carta publicada na sexta-feira (27), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) reforça a posição de resistência que irá se fortalecer neste mês com a Marcha das Mulheres Indígenas.
“Lutaremos até o fim para manter o nosso direito originário às terras que tradicionalmente ocupamos e protegemos. Fazendo parte deste país, mantendo a nossa condição de povos culturalmente diferenciados, mesmo que autoridades públicas e corporações privadas nos considerem empecilhos ao desenvolvimento. Desenvolvimento esse que, desde os primórdios da invasão europeia, é devastador, etnocida, genocida e ecocida e que, nos tempos atuais, encontrou, e não por acaso, nesse desgoverno, um protótipo para perpetuar o seu projeto de dominação”, afirma a Apib em trecho da Carta.
A programação da Marcha abrange atividades culturais, debates e rodas de conversas. Confira:
Solidariedade
Em contagem regressiva para a Marcha, a Apib e a Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) realizam campanhas de doações destinadas ao movimento das indígenas.
Fortaleça a luta das mulheres indígenas, acessando o site da Apib ou da Anmiga para doar itens básicos como água, alimentos, brinquedos, roupas para adultos e crianças e absorventes.
Fonte: com informações da Apib
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