Os professores da Universidade Estado do Amapá (Ueap) entrarão em greve a partir de 27 de fevereiro por tempo indeterminado. Eles exigem a exoneração da reitora Maria Lúcia Teixeira Borges e eleições diretas para reitor e vice. Em nota assinada pelo diretor do Sindueap, Daímio Chaves Brito, o Sindicato dos Docentes da Ueap – Seção Sindical do ANDES-SN – informa que “a presença da referida gestora na Ueap é insustentável e inegociável”. A data indicada para deflagração da greve foi acordada com o movimento estudantil.
A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada no último dia 22, quarta-feira. Segundo a nota, a categoria quer a substituição da atual reitora por um docente pró-tempore. “(...) os acadêmicos presentes informaram que, em assembleia própria a posteriori, deverão aderir ao movimento, formando um Comando de Greve Unificado”, afirma o documento.
Segundo o Sindueap, desde agosto de 2013 os docentes têm dialogado com a Administração Universitária a fim de realizar a eleição para reitor e vice-reitor da universidade, cumprindo, desta forma, a legislação. De acordo com a nota, no dia 6 de agosto do ano passado, o Conselho Universitário (Consu) deliberou por realizar as eleições até o prazo máximo de 15 de dezembro de 2013. Na mesma oportunidade, também foi formada uma Comissão para constituir as Normas Eleitorais.
“Contudo, de forma burocrática-legal, a reitora conseguiu burlar e violar a autonomia do Consu, emperrando e atravancando todo o processo. Em outra tentativa no dia 19 de dezembro de 2013, o Pleno do Consu forçou a discussão e aprovação das Normas Eleitorais, mas a gestora não permitiu, alegando que a questão estava sub judice, ou seja, ainda não havia sido objeto de uma decisão judicial. Esta atitude misturou as esferas e a Ueap perdeu sua autonomia administrativo-política”, acrescenta a nota.
* Com informações do Sindueap – Seção Sindical
* Foto: Sindueap - Seção Sindical
Fonte: ANDES-SN |