Depois de três meses de salários atrasados, os professores do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), no Mato Grosso, decidiram por entrar em greve por tempo indeterminado. O movimento foi deflagrado nesta segunda-feira (20). As aulas estão previstas para iniciarem no dia 3 de fevereiro, e as atividades pedagógicas para preparação do semestre letivo foram suspensas. Além dos salários, os trabalhadores também não receberam os valores referentes às férias e décimo terceiro.
De acordo com publicações na página criada pelo movimento grevista no Facebook, mais de 100 docentes já aderiram à paralisação. Na segunda, após ato em frente à reitoria, um grupo foi recebido por representante da vice-reitoria acadêmica da instituição que informou ainda não haver previsão de pagamento, pois o Univag não recebeu repasse do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), bem como não conseguiu financiamento em instituições bancárias.
Conforme noticiado pela imprensa local, o caso já está judicializado, com duas decisões favoráveis aos professores. Em dezembro do ano passado, o juiz Wanderley Piano da Silva, da 1ª Vara do Trabalho de Várzea Grande, entendeu a gravidade da situação descrita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e determinou que o Univag pagasse os salários atrasados. Na última quinta-feira (16) a juíza Graziele Cabral Braga de Lima determinou o bloqueio das contas do Univag com intuito de garantir que os recursos de taxas de matrículas e mensalidades sejam retidos para serem usados no pagamento dos salários atrasados.
Segundo as informações divulgadas pelo movimento grevista, um novo ato está previsto para o dia 3 de fevereiro e os docentes só retomarão as atividades após o pagamento de todos os salários.
* Com informações da Gazeta Digital
* Imagem: Marcus Vaillant/Arquivo
Fonte: ANDES-SN |