Diante do agravamento da crise social, sanitária, econômica e política enfrentada no Brasil, entidades que compõem a Campanha Nacional Fora Bolsonaro e o 27º Grito dos (as) Excluídos(as) organizam atos nacionais para o dia 7 de setembro, feriado da Independência. O chamado é em defesa da democracia e da soberania brasileira que está sob ataque do governo Bolsonaro.
“Mais do que um incentivador de crises, Jair Bolsonaro é um criminoso como denunciam os mais de 100 pedidos de impeachment contra ele entregues à Câmara dos Deputados. É um criminoso, dentre muitos motivos, quando veta o projeto aprovado no Congresso que proibia os despejos até o final da pandemia. O povo que já vive sem emprego e sem comida, agora tem mais chance de ficar também sem teto, sendo expulso de suas moradias com o uso da violência e o aval do governo”, afirma texto da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
Além das quase 600 mil mortes pela covid-19, o que se vê no país é um projeto de destruição com ataques ao meio ambiente e aos povos originários, mais de 14 milhões de brasileiros(as) desempregados (as) e a população sofrendo com a fome e o aumento dos preços. Somada a isso, são diárias as ameaças de golpe do presidente Jair Bolsonaro, que cria ainda mais instabilidade ao apoiar, por exemplo, o retorno do voto impresso, dissemina fake news e tenta aprovar medidas como Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que acaba com o serviço público.
Diante desta conjuntura, a 27ª edição do Grito dos (as) Excluídos(as) traz neste ano o lema “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!” e o tema “Vida em primeiro lugar”. O movimento chama todos(as) brasileiros(as) a irem às ruas, no 7 de setembro, mostrar sua indignação diante dessa série de injustiças.
Grito dos(as) Excluídos(as)
Com objetivo de ser um contraponto ao Grito da Independência e criticar o patriotismo passivo, o Grito dos(as) Excluídos(as) surgiu em 1994, a partir da 2ª Semana Social Brasileira, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Mas, as manifestações não se resumem ao 7 de setembro. A cada ano, o coletivo se amplia e se efetiva como construção popular carregada de reivindicações e integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimento sociais.
“Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos. A proposta não só questiona os padrões de independência do povo brasileiro, mas ajuda na reflexão para um Brasil que se quer cada vez melhor e mais justo para todos os cidadãos e cidadãs. Assim, é um espaço aberto para denúncias sobre as mais variadas formas de exclusão”, afirma nota do movimento.
Fontes: com informações de Campanha Nacional Fora Bolsonaro e Grito dos(as) Excluídos(as)
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