Após prisão arbitrária por 13 dias, o entregador e integrante do movimento Revolução Periférica, Paulo Roberto Lima, o Galo, foi solto nesta terça-feira (10). No dia 28 de julho, Galo se apresentou à polícia e assumiu a responsabilidade pelo incêndio da estátua do bandeirante Borba Gato, no dia 24 do mesmo mês, na zona sul de São Paulo. A companheira de Paulo Galo e costureira, Géssica Barbosa, também chegou a ser presa apesar de não ter participado da ação.
Depois de desrespeitar decisão do Supremo Tribunal Federal (STJ) que havia revogado, no dia 5 de julho, a prisão temporária do entregador, o Tribunal da Justiça de SP (TJ-SP) reviu o próprio pedido de prisão preventiva e determinou a soltura de Galo.
Quando se apresentou, o entregador afirmou que o objetivo do protesto foi abrir o debate sobre bandeirantes como Borba Gato que desbravaram territórios no interior brasileiro para capturar e escravizar os povos indígenas, negros e negras. De acordo com historiadores, muitos povos foram dizimados pelos bandeirantes que também eram praticavam estupro e tráfico de mulheres.
Uma ampla campanha pela libertação de Galo foi promovida em todo o país por movimentos sindicais e sociais, partidos políticos, parlamentares e personalidades. Minutos antes da decisão do STF, no dia 5, um abaixo assinado organizado de forma coletiva contava com mais de 400 assinaturas entre dirigentes sindicais, docentes universitários, advogados, juristas e jornalistas.
Foto: Gabriel Schlickmann/Reprodução
Fonte: com informações da CSP-Conlutas e Brasil de Fato
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