A Plenária de Discussão e Aprovação das Resoluções do XI Congresso da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Concondsef) votou e aprovou um plano de lutas e reivindicações que vai nortear as ações da maioria dos servidores do Executivo Federal. Quase dois mil delegados de base de todo o Brasil, representando 80% do total de servidores da União, concordaram com um calendário de atividades que inclui um indicativo de greve para a 1ª quinzena de março.
Em janeiro, servidores devem lançar a Campanha Salarial 2014 com ações nos estados. Nos eixos da campanha salarial permanecem bandeiras de luta consideradas fundamentais para avanços no setor público. Estão entre as pautas: a luta por uma política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base; regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; além do cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação.
O objetivo é realizar no mês de fevereiro uma marcha em Brasília para simbolizar o lançamento da campanha salarial. A expectativa é compor um calendário unificado com o fórum dos federais – do qual a Condsef faz parte – e reúne 31 entidades nacionais e as centrais sindicais. Durante o XI Concondsef os servidores públicos apontaram que é preciso ocorrer mudanças urgentes e necessárias na administração pública, já que, neste ano, os processos de negociação com o governo muito pouco ou nada avançaram.
A plenária ainda determinou que a entidade seguisse insistindo no diálogo o com o governo. No entanto, a Condsef deverá lutar por mudanças neste formato atual. O objetivo é buscar alternativas que assegurem uma dinâmica mais eficiente que não deixe os servidores à mercê das vontades do governo que, este ano, cancelou reuniões, adiou discussões e emperrou gravemente o processo de negociações em curso. Neste sentido, a busca pela regulamentação da negociação coletiva, com critérios e regras claras para o processo de diálogo entre servidores e governo, seguirá sendo uma das principais bandeiras de luta da categoria.
De acordo com a entidade, o congresso, realizado de 11 a 15 de dezembro, mostrou nas plenárias e nas diversas reuniões de grupo e dos departamentos setoriais a disposição da categoria para encarar os obstáculos que devem enfrentar. Os servidores estão cientes do papel fundamental que desempenham para o país e vão cobrar do governo o reconhecimento necessário de que é importante garantir investimentos urgentes no setor para que o país possa avançar não só economicamente, mas tornar-se socialmente mais justo. Segundo a Condsef, para buscar avanços no setor público, se preciso for, utilizarão seu direito legítimo de deflagrar greve.
Foto: Condsef
Fonte: Sedufsm |