O ANDES-SN convocou as seções sindicais, entre elas a ADUA, a realizarem uma rodada de Assembleias Gerais, até o dia 16 de agosto, para deliberar sobre a Greve Nacional dos Servidores Públicos e Servidoras Públicas (18 de agosto). Na data também estão previstas mobilizações contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e pelo “Fora Bolsonaro e Mourão”.
A construção da Greve Nacional do Funcionalismo Público foi aprovada em Plenária do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público, que reuniu, no dia 30 de julho, mais de cinco mil servidores e servidoras federais, estaduais e municipais.
A data da assembleia e as decisões tomadas devem ser informadas à secretaria do ANDES-SN por meio do preenchimento de um formulário disponível. A ADUA informará, em breve, aos sindicalizados e sindicalizadas o dia e horário da Assembleia Geral Virtual, que terá como item de pauta a decisão sobre a Greve Nacional dos Servidores e Servidoras.
Programação intensa
Em preparação para o dia 18, as entidades ligadas à categoria cumprem agenda intensa. Na quarta-feira (4), representantes das centrais sindicais brasileiras, incluindo a CSP-Conlutas, reuniram-se em Brasília com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para reafirmar que as mudanças propostas pela PEC 32/2020 representam o fim da oferta do serviço gratuito à população.
Mesmo com as reivindicações apresentadas, Arthur Lira afirmou que não abre mão de votar a Reforma Administrativa e que o tema deverá ir à pauta do Congresso no início do mês de setembro. Por isso, o movimento mantém cada vez mais forte a luta para barrar a contrarreforma.
No dia anterior (3), o Fórum dos Servidores Públicos das Centrais Sindicais realizou uma manifestação que seguiu da Esplanada dos Ministérios ao Congresso Nacional. No local, as lideranças das entidades denunciaram os ataques da Reforma Administrativa, como o desmonte e a privatização dos serviços públicos e o fim da estabilidade de servidores e servidoras.
Após a manifestação, o grupo protocolou o Manifesto do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público, na Câmara dos Deputados. O documento contém os principais motivos pelos quais a PEC 32/2020 não deve ser aprovada e foi elaborado a partir das discussões realizadas no encontro, nos dias 29 e 30 de julho.
O integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, ressaltou que o setor está vivendo um momento histórico da classe trabalhadora brasileira. “É a primeira vez que unificamos a luta do funcionalismo nesta dimensão. São as três esferas do setor para enfrentar a destruição dos serviços públicos no Brasil, essa unidade precisa garantir a grandeza necessária para derrotar a reforma administrativa”, disse.
Em reuniões e plenárias, a categoria, nas três esferas, vem organizando a Greve Nacional, no dia 18 de agosto, nas cidades e estados do país, em defesa dos serviços públicos e de direitos sociais conquistados pela classe trabalhadora ao longo de décadas, como educação e saúde públicas de qualidade.
Na data também serão realizadas mobilizações contra a PEC 32 e pelo Fora Bolsonaro, este último o 5º Ato Nacional a ser realizado pelo impeachment do presidente da república, e que vem reunindo milhares de pessoas no Brasil e no exterior. As atividades anteriores contaram com o apoio e participação da ADUA.
Fotos: CSP-Conlutas
Fonte: com informações do ANDES-SN e da CSP-Conlutas
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