A unidade para derrotar a Reforma Administrativa (PEC 32) foi o foco na abertura, na noite de quinta-feira (29), do Encontro Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público. O encontro virtual continua, nesta sexta (30), com a discussão nos Grupos de Trabalho (GTs), Plenária Geral e apresentação de manifesto.
A transmissão do primeiro dia do encontro foi acompanhada por mais de 5 mil pessoas. A grande participação é reflexo da união entre servidores e servidoras das esferas municipal, estadual e federal que estão na luta contra os ataques de Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao funcionalismo.
Do debate participaram lideranças de 12 centrais sindicais brasileiras, incluindo a CSP-Conlutas. Também estiveram presentes representantes de partidos como PSTU, PSOL, PT, PCdoB, Podemos e Solidariedade, além de integrantes de movimentos de servidores como o Basta, Pública, Fonasefe e União dos Policiais do Brasil (UPB).
O ponto de encontro nas falas dos e das participantes foi a necessidade de organizar a luta dos servidores em conjunto com a população. Com o desmonte dos serviços públicos promovidos pela Reforma Administrativa, o principal prejudicado será o povo trabalhador.
Neste sentido, foi defendida a organização de uma Greve Geral de servidores e servidoras, no dia 18 de agosto, em todo o país. Também foi ressaltado que essa iniciativa esteja atrelada às mobilizações pelo Fora Bolsonaro e Mourão, envolvendo trabalhadores e trabalhadoras do setor privado.
“Teremos a oportunidade de ampliar o plano de luta e construir no dia 18, um dia de greve geral do serviço público que possa ser estendido ao conjunto dos trabalhadores. É necessário botar pra fora Bolsonaro e Mourão e acabar com seus planos de destruição do serviço público”, afirmou a integrante da Secretaria Nacional da CSP-Conlutas, Joaninha Oliveira.
Legislação
As consequências das mudanças nas leis que regem o serviço público também foram abordadas pelos participantes. Entre elas estão a completa privatização de setores como a Saúde e a Educação, considerados direitos fundamentais pela Constituição Federal.
Os e As participantes do encontro ressaltaram que a Reforma Administrativa é uma tentativa do governo de eximir o Estado de suas responsabilidades. A receita é radicalizar as privatizações e entregar de vez à iniciativa privada setores fundamentais para a população brasileira.
Programação
Nesta sexta, a programação do encontro inclui a discussão nos GTs, às 10h (horário de Brasília). Após o almoço, ocorre palestra da coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública e economista, Maria Lúcia Fatorelli.
A atividade será seguida de exposição do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) sobre a PEC 32. Por último, os GTs irão apresentar os encaminhamentos na Plenária Geral e será feito a leitura de manifesto contra a Reforma Administrativa, com transmissão ao vivo.
Fonte: com informações da CSP-Conlutas
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