O epidemiologista da Fiocruz/Amazônia, Jesem Orellana, divulgou, no dia 15 de julho, um novo alerta sobre a covid-19 em Manaus. Conforme o documento, a retomada sustentada da segunda onda da doença atinge risco semelhante ao primeiro pico. Essa realidade tem como um dos principais influenciadores, segundo o cientista, a “precoce e rápida flexibilização das medidas restritivas à circulação de pessoas”.
Orellana informa que ocorre essa retomada na capital é “duradoura e preocupante” e vem acarretando o aumento de casos novos e de internações. O documento ressalta, que essa conjuntura sanitária causa prejuízos para a saúde pública principalmente devido ao aumento de 15,5% na ocupação semanal média de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por covid-19.
O epidemiologista afirma que esse dado é “triplamente trágico”, porque: 1) a taxa de letalidade de pacientes intubados em UTI de Manaus é uma das maiores do país. “Não dúvidas sobre a gravidade do aumento no número de internados em UTI em Manaus, pois em situações mais extremas como a do trágico pico de janeiro de 2021, oito de cada 10 pacientes internados em UTI morreram por Covid-19”.
Além disso, os outros dois fatores levantados que, para o epidemiologista, atestam a gravidade dessa realidade é que: 2) os 61 municípios do interior do estado do Amazonas dependem dos leitos da capital e 3) as hospitalizações evitáveis contribuem para gastos desnecessários.
No boletim epidemiológico, Jensem Orellana ressalta que Manaus está longe de controlar a epidemia, principalmente devido ao ritmo lento e irregular da vacinação, que limita os efeitos positivos. Outro agravante é que algumas pessoas vacinadas têm abandonado as recomendações sanitárias como usar máscaras, evitar aglomerações e higienizar as mãos, situação preocupante uma vez que as infecções do SARS-COV-2 e suas variantes constituem, segundo o cientista, “aterradora ameaça à humanidade”.
Leia o alerta epidemiológico na íntegra aqui
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