A ADUA lança, nesta quarta-feira (7 de julho), o Memorial “Sementes da UFAM” em homenagem aos membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Amazonas que faleceram no primeiro ano da pandemia da covid-19. O material traz depoimentos e fotografias de docentes, discentes, técnico-administrativos e técnicas-administrativas em educação (TAEs) e outros profissionais da instituição, que partiram entre março de 2020 e março deste ano. O memorial faz ainda um tributo especial aos e às docentes que participaram ativamente na defesa da educação pública e por uma sociedade mais justa.
No primeiro ano da pandemia da covid-19, a Ufam registrou o falecimento de 123 membros da comunidade acadêmica, entre estudantes, discentes egressos, docentes e TAEs ativos e ativas; professoras, professores e demais servidores aposentados e aposentadas. Somente no primeiro trimestre de 2021, foram 61 falecimentos, quase o total dos 10 meses de 2020 (março a dezembro), quando 62 membros da Ufam faleceram. Mais que números eram vidas de pessoas que colaboraram para o ensino, a pesquisa e conhecimento na região. Entre elas estão grandes lutadores e lutadoras sociais como um dos fundadores e primeiro presidente da ADUA, professor Osvaldo Coelho; e os ex-diretores da Seção Sindical, Luiz Fernando Souza Santos e Arnóbio Alves Bezerra, e ex-diretora Geny Brelaz de Castro.
Organizado e produzido pela ADUA, o memorial conta com a colaboração de colegas, familiares, amigos e amigas que enviaram fotografias e relatos de suas lembranças e vivências com aqueles e aquelas que partiram. “Nosso intuito é marcar simbolicamente o legado que os colegas deixaram em nossas vidas. A pandemia e todo o descaso governamental em conduzi-la levaram de forma traiçoeira centenas de trabalhadores, trabalhadoras e discentes da Ufam e não poderíamos nos furtar de prestar nossa homenagem afetuosa àqueles e àquelas que contribuíram na construção do conhecimento no estado do Amazonas”, disse a 2ª secretária da ADUA, professora Valmiene Sousa.
O nome “Sementes da UFAM” faz relação ao legado para o conhecimento no Amazonas deixado por aqueles e aquelas que partiram. “As sementes representam justamente que estarão presentes e que cabe a nós rememorá-las e honrá-las através de nossa luta em defesa da vida”, explica Valmiene. Assim como o nome, a parte artística do memorial, composta por flores e frutos, foi planejada como forma a materializar a ideia de que essa herança do saber continuará a florescer e a dar frutos e que todos e todas permanecerão vivos na lembrança de amigos e amigas, na pesquisa produzida, para a comunidade da qual fazem parte e para a Universidade que ajudaram a construir.
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