A reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professora doutora Márcia Perales, informou durante reunião do Conselho Universitário da instituição (Consuni) que a Justiça concedeu, nesta quinta-feira (17) liminar permitindo à Universidade o pagamento direto dos funcionários da empresa de limpeza e conservação Rudary, com salários atrasados há mais de 40 dias.
Perales informou ainda que a Ufam está tomando as providências necessárias para que os terceirizados recebam, o mais breve possível, em conta os proventos devidos. O contrato da instituição com a Rudary encerrou nesta quarta-feira (16).
Na segunda-feira (14), em reunião realizada com os trabalhadores da empresa, no auditório Paulo Burhein, setor Sul do Campus, o vice-reitor Hedinaldo Lima esclareceu aos funcionários os trâmites do processo judicial envolvendo a terceirizada e as medidas que a Ufam estava tomando para solucionar o caso. O encontro ocorreu após pressão exercida pelos trabalhadores, depois de dois dias de paralisação de atividades.
Mobilização – Na última quinta-feira (10) os funcionários da prestadora, responsável pela limpeza e conservação do Campus Universitário bloquearam o acesso à instituição, por aproximadamente uma hora para reivindicar um posicionamento da contratante sobre as causas do atraso salarial.
Segundo uma das trabalhadoras da Rudary, na época, Berenice dos Santos, 42, o encarregado da empresa foi questionado diversas vezes sobre o problema, mas apenas prometia que os valores seriam depositados no dia seguinte. “Somos pais de família e estamos com o aluguel atrasado porque ainda não recebemos”, afirmou ela, destacando que os salários dos trabalhadores variam de R$ 428 a R$ 700.
Conforme estimativa dos manifestantes, mais de 70 funcionários da prestadora devem ser beneficiados com a concessão da liminar. Os pagamentos são referentes ao mês de setembro e aos dias trabalhados em outubro.
Em nota publicada na página eletrônica da Ufam, na semana passada, a administração superior esclarece que os contratos em vigor com a Rudary, assim como os repasses financeiros a referida empresa foram bloqueados por decisão judicial da justiça do Trabalho envolvendo a prestadora.
Sem um posicionamento concreto da Rudary, os trabalhadores voltaram a bloquear a entrada e saída do Campus, na última segunda-feira (14), desta vez por três horas. Além do atraso salarial, entrou na pauta de reivindicações dos funcionários da prestadora de serviço o não pagamento de férias e dos direitos trabalhistas.
Fonte: Adua |