A noite da última segunda-feira (7) ficou marcada por ter sido palco da maior manifestação realizada até o momento após as jornadas de junho. Milhares de pessoas saíram às ruas do Rio de Janeiro para apoiar o protesto dos professores estaduais e municipais, que lutam por melhores estruturas no plano de carreira e condições de trabalho.
A solidariedade também se estendeu até São Paulo, onde centenas de manifestantes também apoiaram a luta dos profissionais da educação.
Na cidade do Rio de Janeiro, manifestantes incendiaram um ônibus e o Clube Militar, ambos no centro. Bombas foram atiradas contra o prédio do Consulado dos EUA. O edifício Serrador, onde fica a sede da EBX, holding do empresário Eike Batista, teve as vidraças quebradas por pedras.
Os professores do Rio estão em greve desde o dia 8 de agosto. Há estimativas de que a greve conta com uma aderência de 81% das escolas da rede municipal.
O governo manteve a proposta de reajuste salarial de 5% acima da inflação em 2014, seguido de 6% em maio de 2015 e 7,69% até 2023.
A categoria, porém, decidiu continuar com a paralisação em assembleia no dia 4 de outubro, reivindicando que o primeiro reajuste seja efetuado até, no máximo, o início do ano que vem.
A pauta dos professores passa também pelo fim da lógica do professor polivalente e da meritocracia, o que estimula a aprovação automática.
São Paulo
No centro da capital paulista, adeptos da tática Black Bloc viraram um carro da Polícia Civil na avenida Rio Branco e bancos foram depredados.
Um grupo de manifestantes se concentrou em frente ao Teatro Municipal enquanto outro, formado por educadores, se reuniu no vão do MASP.
Após se encontrarem, seguiram juntos até a Secretaria Estadual de Educação. Houve confronto com a polícia e o ato foi dispersado.
Fonte: Brasil de Fato |