Em repúdio à brutal repressão do governo colombiano aos protestos no país e em apoio ao povo em luta, a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), representantes de demais centrais sindicais, entidades e organizações realizaram, nesta quinta-feira (6), um ato em frente ao Consulado da Colômbia, em São Paulo (SP). Há pouco mais de uma semana, a população colombiana tem ido às ruas para protestar contra a proposta de Reforma Tributária apresentada pelo governo do presidente, Iván Duque.
Uma carta foi protocolada no consulado pelas organizações. “As informações que nos chegam da Colômbia, situação que também vem sendo denunciada em vídeos nas redes sociais, já se contabilizam 50 mortos, quase uma centena de pessoas desaparecidas, mais de 400 presos, outros cerca de 800 feridos, sendo pelo menos seis jovens com um dos olhos perdidos em razão de tiros, prática odiosa que também ocorreu durante as manifestações no Chile, e mulheres estupradas”, disse o dirigente estadual de São Paulo da CSP-Conlutas, Altino Prazeres.
Em nota divulgada nesta quinta (6), o ANDES-SN afirmou que o povo colombiano se levanta não apenas contra o governo de Iván Duque, último avatar de uma dinastia de narco-criminosos, mas contra todo um regime político, cuja fachada “democrática” mal oculta sua raiz policial/militar, conivente com grupos paramilitares e apoiado pelo capital financeiro internacional e o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Trata-se do regime que, nas últimas décadas, ostenta o recorde latino-americano e mundial de assassinatos de dirigentes e ativistas sindicais”. Leia a nota na íntegra aqui
Motivos
Segundo Altino Prazeres, a reforma tributária foi apenas o estopim para protestos “Por trás da indignação do povo, está a situação de miséria que penaliza os trabalhadores, principalmente os mais pobres. É preciso todo apoio à luta do povo colombiano e cobrir de solidariedade essa luta”, afirmou. De acordo com a CSP-Conlutas, nos três anos em que Iván Duque está à frente do cargo, foram assassinados mais de 1 mil lutadores sociais defensores dos direitos humanos, guerrilheiros desmobilizados das FARC, reclamantes de terras e dirigentes sindicais.
“Todo esse massacre ocorre quando as agências de investigação do estado, como o Ministério Público, continuam a realizar investigações exaustivas que permanecem na mais flagrante impunidade. E, neste momento de pandemia, a situação de miséria e fome, aumentam no país gerando mais insatisfação”, disse o integrante do Setorial Internacional da CSP-Conlutas, Herbert Claros.
Abaixo o governo assassino de Ivan Duque!
Abaixo a reforma tributária e o pacote de fome do governo!
Abaixo toda repressão!
Viva a luta do povo colombiano!
Fontes: ANDES-SN e CSP-Conlutas
|
06/05/2021
