Promovido pelo setor de Saúde do (a) Trabalhador (a) da CSP-Conlutas, o 4° Encontro Nacional Encontro Nacional de Saúde do (a) Trabalhador (a) terá uma extensa programação para este sábado (24), das 8h30 às 17h. O evento vai acontecer virtualmente e as inscrições podem ser feitas por meio de formulário.
O encontro objetiva debater as ações de combate frente a política genocida de Bolsonaro, sobre a quebra do isolamento social com a abertura indiscriminada da economia. A atividade defenderá um auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600, vacinação para todos (as), defesa do SUS, garantia do lockdown para os trabalhadores (as), por direitos e empregos, com reforçado do Fora Bolsonaro e Mourão.
O encontro acontece em uma fase crítica em que trabalhadores(as) das diversas categorias enfrentam grandes dificuldades diante da pandemia da Covid-19, especialmente com a exposição ao risco de infecção da doença e morte.
Trabalhadores (as) e pandemia
Categorias de diversos segmentos, sobretudo as consideradas essenciais, estão se expondo ao risco de contaminação, pois além da ausência dos protocolos sanitários em alguns locais de trabalhos e nos transportes públicos, existe ainda o negacionismo à pandemia imposto pelo governo, visando apenas o lucro e não a preservação da vida.
Essa realidade gera uma grande exposição ao vírus e resulta em aumento de mortes de trabalhadores (as). Se considerar os trabalhadores da saúde, linha de frente no combate à Covid-19, o Brasil registrou a morte de quase 6 mil profissionais de saúde de março de 2020 até fevereiro de 2021, o que representa um grande aumento em relação ao mesmo período de 2019, quando houve 3.571 mortes.
Os trabalhadores de atividades consideradas essenciais tiveram taxas de mortes superiores à média da população, segundo dados no Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ligado ao Ministério da Economia. Operadores de caixas, motoristas de ônibus e vigilantes tiveram, cada um, perderam mais de 50% dos colegas de trabalho, em comparação com outros segmentos.
Segundo Jordano Carvalho dos Santos, do Setorial de Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas: “São mais de 13,6 milhões de infectados e mais de 360 mil mortos, com a perda de entes queridos, aumento da pobreza e da miséria, adoecimento mental, ataque aos direitos, enquanto isto, aumenta a riqueza e o número de bilionários. Vamos armar o conjunto da Central e os trabalhadores (as) pela defesa da vida e dos direitos da classe trabalhadora e do povo pobre do nosso país. Temos de por para fora Bolsonaro e Mourão, destruir o capitalismo e construir o socialismo, para que possamos ter um governo dos trabalhadores (as) apoiado em conselhos operários e populares. Que a vida, saúde e segurança no trabalho seja colocada como prioridade”, afirmou.
Programação online
Pela manhã acontece a abertura do evento e Mesa de discussão sobre Direito do Trabalho em tempos de pandemia, com os (as) painelistas convidados.
Painelistas: Souto Maior, jurista e professor livre docente de direito do trabalho brasileiro na USP; desembargador no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região; Aristeu Neto, advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos; Regiane Macedo, advogada e mestranda em Direito do Trabalho, integrante do grupo de pesquisa DHCTEM (Direitos Humanos, Centralidade do Trabalho e Marxismo).
A tarde o tema de diálogo vai ser Saúde do trabalhador em tempos de pandemia, com os (as) seguintes painelistas: Marta de Freitas, engenheira Segurança do Trabalho, Coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança dos Trabalhadores de Minas Gerais; Jandira Maciel, médica sanitarista, professora da faculdade de medicina da UFMG e coordenadora do GT de Saúde do Trabalho da Abrasco; Rosália Fernandes, trabalhadora da Saúde e membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas; Maria Maeno, médica e pesquisadora em Saúde do Trabalhador;
Ao final será feito o encaminhamento das resoluções e fechamento do evento.
Fonte: Com informações CSP - Conlutas
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