Estava marcada para esta terça-feira (20) uma greve dos metroviários e motoristas de ônibus de São Paulo com a principal reivindicação de vacina urgente para a categoria e demais trabalhadores(as) do transporte público. A decisão de suspensão da greve foi tomada após anúncio de que o governo vai vacinar a categoria. Porém a imunização não contempla a todos os trabalhadores(as) e por isso a mobilização continua. A CSP-Conlutas apoia o movimento grevista dos sindicatos dos metroviários de São Paulo.
Na pauta de reivindicações estão também a implementação imediata do lockdown com garantia de auxílio emergencial, que foi solenemente ignorada pelo governo Bolsonaro, pelos governos estaduais e pelas direções das várias empresas de transporte.
Os metroviários mantêm a mobilização de 21 a 26 de abril, usando adesivos em protesto simbólico e no dia 26 realizam uma assembleia da Campanha Salarial para definir os próximos atos.
“Os metroviários em conjunto com os outros setores de transporte de São Paulo conseguiram entrar na lista de prioridade da vacinação, mas ainda de forma parcial. A luta pela vacinação de todos continua”, destacou o metroviário Altino Prazeres, que também integra a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Em João Pessoa (PB) a greve teve que ser suspensa após proibição da paralisação sob pena de multa. A decisão arbitrária foi feita pela 13ª Vara do Trabalho do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), por meio da 13ª Vara do Trabalho. Os trabalhadores vão fazer uma nova reunião para definição de quais ações tomarem.de novas ações.
As reivindicações dos trabalhadores são a volta do pagamento das comissões de 50% do ticket alimentação; recontratação dos cobradores desligados das empresas, o término da dupla jornada, pagamento de horas extras e a inclusão da categoria na prioridade de vacinação contra a Covid-19.
Os trabalhadores e trabalhadoras do setor de transporte vêm sendo expostos desde o início da pandemia, sofrendo com a infecção do coronavírus no trabalho e com medo de levar a doença aos familiares, sendo uma das categorias que mais se expõem ao vírus depois dos trabalhadores da saúde.
Metrô em São Paulo
O Metrô SP, em todas as linhas, conta até agora com 661 casos confirmados de covid-19 e 22 óbitos. Contando com os casos suspeitos, houve 1146 afastamentos. Segundo o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), antes da pandemia, 3,3 milhões de passageiros eram transportados nos ônibus ao dia. Hoje o número é de 1,9 milhão, cerca de 60% da demanda. Ou seja, diminuiu-se o número de passageiros, mas também o número de ônibus, dessa forma a aglomeração continuou.
Em defesa da vida
A luta é pela vacinação para todas e todas, mas cobram especialmente neste momento aos trabalhadores dos transportes, desde metroviários, condutores de ônibus e cobradores, ferroviários, motoristas de Uber, taxistas e caminhoneiros, porque todos esses são serviços essenciais, que servem a população e ainda não estão vacinados.
Fonte: Com informações do Portal Diário do Transporte e CSP-Conlutas
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