Entrou em funcionamento nesta quinta-feira (15) uma nova seção na plataforma Currículo Lattes para inclusão do período de licença-maternidade das pesquisadoras.
O preenchimento da seção é opcional e resulta de demanda apresentada pelas cientistas brasileiras. Em nota, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informou sobre a inclusão do novo campo.
“Essa evolução tem o objetivo de atender demandas de representantes da comunidade científica e de instituições parceiras desse conselho, sobretudo do Movimento Parent in Science, coordenado pela pesquisadora Fernanda Staniscuaski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que havia protocolado a solicitação no CNPq”, diz nota do conselho.
Em 2019, o Parent in Science formalizou o pedido da inserção desta categoria junto ao CNPq em 2019, uma das justificativas é que com posse dessa informação no Currículo Lattes, os recrutadores, universidades e agências de fomento à pesquisa poderão compreender o por quê da queda na produção da pesquisadora.
A maternidade pode causar impacto significativo na produção cientifica dos pesquisadores, com queda na elaboração de artigos, o que gera uma desvantagem em relação aos colegas, sobretudo para as mulheres pesquisadoras, segundo o projeto Parent in Science.
Plataforma
A plataforma Lattes é o sistema oficial do Brasil para cadastro de cientistas das diversas áreas do conhecimento, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Desde 2005, o programa Mulher e Ciência, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e outros órgãos também é mantido pelo CNPq, com a meta de promover pesquisas sobre relações de gênero, mulheres e feminismo e garantir a participação de meninas e mulheres na ciência.
O percentual de mulheres cadastradas na plataforma aumentou nos últimos 15 anos e atualmente corresponde a 50% do total de pesquisadores cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
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