Salários baixos e péssimas condições de trabalho motivaram a paralisação das atividades das redes municipal e estadual do Rio. Nesta semana, duas plenárias, com expressiva participação da categoria, apontaram para a continuidade da greve que iniciou no dia 8 de agosto.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), mais de dois mil profissionais da rede municipal votaram na assembleia na última segunda-feira (19).
A plenária da rede estadual, realizada na quarta-feira (21), reuniu mais de mil. Entre outros pontos, os professores reivindicam reajuste de 19% no município e 28% no Estado.
O sindicato estima que o índice de paralisação estadual gira em torno de 40%. No município, a adesão ultrapassa 80% da categoria.
“A rede municipal saiu de um período longo de hibernação, o último grande movimento foi em 1994, na gestão do prefeito César Maia. A rede municipal do Rio é, simplesmente, a maior da América Latina”, destacou o coordenador do Sepe, Danilo Serafim.
Ele explica que as duas greves têm uma pauta em defesa da escola pública e por melhores condições de trabalho.
“No caso da rede estadual defendemos que cada professor deve ter matrícula em uma única escola e o fim da meritocracia. A rede municipal é contra a superlotação de turmas, pedimos um plano de cargos unificado para professores e funcionários, além da pauta salarial”, informou.
Para trabalhar 16 horas semanais, o governo estadual remunera os trabalhadores, em início de carreira, com um salário de R$1.147, enquanto no município o valor é R$1.071.
Nas escolas, os professores encontram salas de aulas em condições precárias, com turmas superlotadas, além de falta de material pedagógico.
Fonte: Brasil de Fato |