O Movimento Passe Livre (MPL), junto com outras organizações sociais, ingressará na Justiça com uma ação coletiva contra as altas instâncias do governo de São Paulo nesta quinta-feira (29). Os movimentos exigem uma investigação devido à repressão policial durante as manifestações contra o aumento das tarifas do transporte público no mês de junho na capital paulista. Entre as organizações que integram a ação estão as Mães de Maio e a Uneafro.
Para apresentar a ação, será feita uma coletiva de imprensa na parte da manhã no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo. Entre as medidas, os movimentos solicitam a abertura de investigação contra o comandante da Polícia Militar responsável pelas ações do dia 13 de junho, que foi marcado por fortes cenas de violência policial.
Será apresentada também uma representação para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Os movimentos entendem que há indícios de que as ações de repressão foram coordenadas por órgãos como o governo do estado de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública e o comando geral da PM.
“Pedimos a apuração sobre a responsabilidade destes órgãos pela ação policial no ato do dia 13/06, assim como a responsabilização dos que violaram direitos da população”, disse em nota o MPL.
Durante o ato pela revogação do aumento das tarifas do transporte público de São Paulo, no dia 13 de junho, a Polícia Militar interveio violentamente com bombas e tiros de balas de borracha, que foram disparados indiscriminadamente nos manifestantes. Dezenas de pessoas ficaram feridas e centenas foram presas.
Organizações que integram a ação:
Movimento Passe Livre; Mães de Maio; Desentorpecendo a Razão (D.A.R.); Conectas; Comitê contra o Genocídio; Instituto Praxis; Associação Cristãos pela Abolição da Tortura; Marcha Mundial das Mulheres; Uneafro; ITTC; Pastoral Carcerária; Pastoral da Juventude; Instituto Luiz Gama; Rede 2 de Outubro; Rede Rua; Margens Clínicas e Frente de Esculacho Popular.
Fonte: Brasil de Fato |