O governo federal desistiu de aumentar de seis para oito anos o tempo de graduação dos cursos de medicina. A proposta, combatida por setores conservadores da classe médica, fazia parte do Programa Mais Médicos, e previa que os dois anos extras de formação seriam na forma de prestação de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS).
O anúncio da alteração foi feito na quarta-feira (31) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Com o recuo, os estudantes devem atuar no SUS durante o período de residência médica, feita após a graduação. Caso a proposta seja aprovada, os estudantes ingressantes em 2012 já seriam atingidos pela medida.
Mercadante defendeu também que, a partir de 2018, a residência médica já passe a ser obrigatória ao final de seis anos de graduação para algumas atividades da medicina. O primeiro ano de especialização seria, obrigatoriamente, em atenção básica, urgência e emergência.
Atualmente, a residência não é obrigatória para se formar nem para atuar como médico.
A Medida Provisória (MP) 621/2013, que cria o Programa Mais Médicos, foi publicada no Diário da União no início de julho. A iniciativa ainda prevê a contratação de médicos para atuar na saúde básica em municípios do interior e na periferia das grandes cidades.
Fonte: Brasil de Fato |