Nos dias 16 e 17 de fevereiro de 1981 foi realizado, em Campinas (SP), o III Encontro Nacional das Associações de Docentes (ENAD). Na pauta, estava a criação de uma entidade nacional para defender e representar os e as docentes de todo o país.
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Em plena ditadura empresarial-militar, surge em 19 de fevereiro do mesmo ano, a ANDES, a Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Sete anos depois, a Associação é transformada em Sindicato Nacional. Hoje, o Sindicato Nacional comemora 40 anos de história.
Em comemoração aos 40 anos do ANDES-SN, será realizada nesta sexta-feira (19) uma festa virtual será a partir das 18h (horário de Brasília). O encontro contará com a participação do Teatro Popular de Ilhéus e da cantora Nina Rosa, além de entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis. Participe acessando o link https://bit.ly/3k0KmTK
Trajetória
Nessas quatro décadas, o ANDES-SN esteve presente nas lutas em defesa da educação pública brasileira e contra a precarização do trabalho docente. O Sindicato Nacional teve participação ativa nas lutas pela redemocratização do país no início da década de 1980 (Diretas Já!), anistia aos presos e exilados políticos e pela Constituinte 1986-88. No processo da Constituinte, o ANDES-SN foi um dos protagonistas da luta que garantiu a gratuidade da educação pública na Carta Magna.
Apresentou propostas para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e, posteriormente, no final dos anos de 1990, ajudou a elaborar o Plano Nacional de Educação (PNE). Ainda na mesma década, o ANDES-SN teve papel de destaque na luta contra as privatizações neoliberais, tanto na educação quanto em outras áreas.
O Sindicato também foi um dos pioneiros no rompimento com a estrutura sindical autoritária implantada no Brasil desde os anos 1930. Todas as decisões são deliberadas pela base, que elege democraticamente todos os dirigentes. O Sindicato Nacional é mantido pela contribuição voluntária de seus sindicalizados, sem receber imposto sindical.
Nos últimos anos, o ANDES-SN tem se empenhado em combater todos os ataques aos direitos dos (as) trabalhadores (as), das mulheres, da população LGBTT, dos indígenas, e de negros e negras. A entidade tem atuado para construir uma ampla unidade em defesa das liberdades democráticas e em defesa da educação pública. O Sindicato Nacional também tem lutado contra as políticas privatistas e repressivas do governo de Jair Bolsonaro.
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