A falta de infraestrutura nas universidades federais do país e a necessidade de organização e planejamento das mobilizações realizadas pelo movimento estudantil estiveram entre os temas norteadores do I Congresso dos Estudantes de Pedagogia da Ufam, realizado na última quarta-feira (5) no auditório da Faculdade de Educação (Faced). O evento, destinado a discussão das ações de luta dos estudantes, contou com a participação do presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) e mestre em filosofia, José Belizario.
Em sua palestra, Belizario apontou a greve dos professores das universidades federais, ocorrida no ano passado e considerada a mais longa da história, com 120 dias de duração, como um exemplo de organização, planejamento, definição de objetivos e reconhecimento da democracia. “A mobilização é uma forma de somar forças e lutas na coletividade por objetivos em comum, sem esquecer nunca da mediação por meio de uma relação de diálogo respeitoso”, afirmou.
A falta de segurança, bibliotecas e cantinas no Campus universitário, assim como, a existência de assédio moral no ambiente acadêmico, também foi citada por Belizario como fator negativo, passível de mobilização e, que vem impactando diretamente nos discentes. “Até poucos dias estávamos com as cantinas fechadas, ou seja, como se não bastasse existirem apenas três restaurantes disponíveis, estamos sendo sujeitados copnstantemente a condições subumanas”, disse.
Evento - O I Congresso dos Estudantes de Pedagogia da UFAM ocorre entre os dias 05 e 07 de junho e é realizado pelo Centro Acadêmico de Pedagogia da UFAM com o apoio da Faculdade de Educação e das Pró-Reitorias da Universidade (PROCOMUN,PROEG, PROPESP, PROTEC). O evento tem por objetivo contribuir com a formação dos estudantes do Curso de Pedagogia da UFAM e de outras IES por meio da troca de experiências e do desenvolvimento da pesquisa e extensão relacionada ao ensino. O evento discute o movimento estudantil e traz 12 eixos temáticos para a submissão de resumos. |