Três bilhões de reais! Esse foi o total pago por Bolsonaro na compra dos deputados do Centrão para eleger os presidentes aliados Arthur Lira, para a Câmara, e Rodrigo Pacheco, para o Senado. Enquanto isso, o governo "economiza" na compra de seringas e não garante a compras de vacinas para a toda a população.
Bolsonaro que se elegeu dizendo que iria acabar com a “mamata” e criticava os “corruptos do Centrão” mergulhou de cabeça na velha política do “toma-lá-da-cá”. Conforme estimativa do jornal El País, o presidente liberou os bilhões a afilhados políticos de parlamentares que governam estados e municípios, além de ter prometido quatro ministérios aos grupos de Lira e Pacheco.
As planilhas de distribuição de verbas mostram que o presidente despejou R$ 3 bilhões de recursos públicos para 250 deputados e 35 senadores em verbas “extras”, o que na verdade representa uma compra aberta de votos. Além disso, foram identificadas milhões em emendas e distribuição de cargos. Deputados também denunciaram que o governo ameaçou exonerações de indicações políticas para pressionar por votos.
Impeachment
Além de definir as pautas e projetos debatidos na Câmara, cabe ao presidente da Casa a decisão de dar início a um processo de impeachment do presidente da república. Rodrigo Maia passou o mandato engavetando mais de 60 pedidos de impedimento. Com Lira, Bolsonaro pretende avançar nas pautas de ataques aos (às) trabalhadores (as), e ao mesmo tempo barrar a pressão cada vez maior pelo impeachment.
“Bolsonaro, Mourão e Paulo Guedes, além de evitar um impeachment, têm uma pauta ultraliberal que prevê ainda mais ataques aos trabalhadores e ao país, como uma nova reforma trabalhista, a Reforma Administrativa que visa privatizar os serviços públicos, diversas privatizações e projetos reacionários de interesse da bancada religiosa. É essa pauta que o governo pretende fazer avançar no Congresso e, por isso, se aliou aos notórios corruptos do Centrão para garantir votos”, avalia o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela.
É hora de unidade e mobilização! Trabalhadores (as) precisam se unir para lutar pela vacina, a retomada do auxílio emergencial e contra a Reforma Administrativa e as privatizações.
Fontes: Fonasefe e CSP-Conlutas com edição da ADUA
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